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quarta-feira, julho 08, 2009

Museu Ibérico da Máscara e do Traje

Subindo pela calçada chegamos finalmente ao Museu Ibérico da Máscara e do Traje, anunciado ao longe por uma máscara gigante, em ferro, pendurada numa das paredes do recuperado edifício , que se situa na cidadela. Em plena zona histórica, o Museu da Máscara e do Traje, o único museu temático da cidade, abre as portas às tradições seculares do Nordeste Transmontano e que se repetem, com algumas variações, do outro lado da fronteira.
O primeiro contacto é com as Festas de Inverno de Trás-os-Montes, festas que ainda hoje são realizadas em muitas aldeias do concelho de Bragança, Vinhais, Mogadouro ou Miranda do Douro, e que remetem para rituais ancestrais ligados ao culto da fertilidade e à “purificação e expurgação dos males”. Num segundo piso podemos apreciar como se faz a tradição do outro lado da fronteira, nomeadamente em Zamora, e constatar que, em tempos, o Nordeste Transmontano e a região de Castela e Leão estiveram unidas, mais que não seja pela cultura.
Por fim, no último piso, a exposição é dedicada às Festas de Carnaval de Bragança, Lazarim e Zamora e aos artesãos locais que mantêm viva a tradição das antigas máscaras e dos coloridos trajes.
Imperdível é depois a visita ao Museu Militar, no interior do castelo, um dos museus mais visitados do país. Mas, apesar de termos iniciado o roteiro pela manhã, resta-nos apenas meia hora, (o encerramento do Museu Militar é às 17h00). À pressa, vamos percorrendo as salas cujo acervo museológico remonta à época das campanhas militares efectuadas em África, nomeadamente Moçambique. A exposição das calças do Gungunhana, famoso chefe moçambicano que, na segunda metade do século XIX, detinha o segundo maior império nativo de África, serão, certamente, um dos objectos que mais interesse e curiosidade suscita, nomeadamente pelo seu tamanho.
In M.B. parte II

3 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Em Bragança só conheço o Museu do Abade de Baçal e o do Castelo ( Museu Militar?).
Tenho que ir conhecer esse das Máscaras, embora as haja também por aqui... :-))

Abraço

mc disse...

Ainda há pouco tempo aqui se fez referência a várias dessas manifestações de cultura secular e logo então constatámos que tinham,nos tempos da nossa infância e juventude, um carácter quase secreto, envolvidas num qualquer tabu, de que nem sequer tínhamos percepção clara.Os habitantes de cada aldeia sabiam, claro, mas não era assunto que se partilhasse!
Há 2 ou 3 anos visitei,por acaso, no palácio Foz uma bem expressiva exposição de máscaras da grande zona que o texto refere englobando Bragança e além-raia

Anónimo disse...

É um museu a visitar. Vale a pena. Também visitei em Lisboa a exposição a que se refere MC. Gostei.

LP