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segunda-feira, outubro 23, 2006

Poemas da Flor do Campo

Como sabeis, além de pintar, a Levinda faz poemas.
Porque ela ainda não domina muito bem as artimanhas
destes microondas a que chamamos PCs, nem da "bloga"
evidentemente, transcrevo aqui dois, respigados do
caderninho de capa preta que me emprestou, para que
vo-los dedicasse com todo o carinho de que ela é capaz.
Aí vão.


Amor à Terra

Poeta queria ser
E Trás-os-Montes cantar
O Campo me viu nascer
E continuo a amar.

Terra de montes e vales
Grandes frios e calores
No teu seio têm nascido
Tantos poetas escritores.

Terra de parcos recursos
De tradições e valores
Os teus filhos espalhaste
Por esse mundo de dores.

Sonham com as cores e cheiros
De frutos, prados e flores
Com a matança do porco
E os antigos amores.

Lá permanecem sonhando
Esperando chegue afinal
O dia em que felizes
Voltem à terra natal.

(Feito para o IX Encontro de Antigos Alunos do Liceu de Bragança, em Coimbra, 1997)


Saudades do Amigo

Partiste cedo, demasiado cedo
Ficamos tristes, roídos de Saudade
pela tua ausência...
A guitarra não toca
Apesar de as cordas estarem intactas...
Faltam as tuas mãos, falta o teu jeito,
As tuas carícias que a faziam
Vibrar, falar, chorar.
Hoje quem chora somos nós
Sentimo-nos mais sós,
Mais vazios. Falta-nos a música,
Faltam-nos as palavras
do emotivo, mas sempre amigo
António

(À memória de António Portugal, guitarrista de Coimbra, em Dezembro de 94)

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