Nestes tempos, em que só se ouvem e vêem os nossos políticos encher os OCS de orçamentos, impostos, despesas, PECs e sempre de forma punitiva para o comum dos cidadãos, faz bem ao nosso Amor Pátrio, debruçarmo-nos sobre uma notícia do Diário de Notícias, datada do dia 28JAN48, sobre a Força do Escudo em Inglaterra, que rezava assim:
O Escudo a seguir ao Dólar, referidos no comunicado oficial francês como podendo ser transaccionados no mercado livre de divisas, provocava grande interesse nos circuitos financeiros britânicos. "Com efeito, o escudo é uma das divisas que toma lugar imediato ao do dólar nas listas das divisas fortes, tanto em França como na Inglaterra.(...) É assim que, para a Inglaterra o escudo é uma moeda forte porque a Inglaterra tem uma balança comercial desfavoravel em relação a Portugal".
Sabe bem ler isto, não sabe! Ter uma balança comercial favoravel à de Inglaterra, ainda que o império colonial britânico, fosse maior que o Português! É obra!!!
2 comentários:
Talvez a razão tenha que ver,em boa medida, não só,claro, com o fim da guerra em que o Reino Unido foi grandemente penalizado em vidas e materialmente, mas também com o facto de o império britânico ter entrado em fase de desintegração, bastando lembrar que a India, a jóia da coroa britânica, se tornara independente no ano anterior ao referido neste post.
Pelo contrário,em Portugal e durante a II Grande Guerra, nada tinha acontecido em termos de riscos e de destruição, antes se tinha ganho muito dinheiro com a exploração e venda de volfrâmio aos doia grandes contendores inimigos. E os portugueses: viviam melhor do que os ingleses? Lembro-me de em 66 ou 67,no verão, ouvir comentar em Lisboa,que ,se houvesse eleições nesss data, o governo as ganharia devido a uma qualquer intervenção que fizera nos centros financeiros mundiais em defesa do escudo.
O que lamentável, é que ,mesmo partilhando a mesma moeda que os grandes, continuemos a andar de aflição em aflição,sem que os nossos "mestres" economistas saibam o que fazer, porque as receitas antigas já não servem e falta-lhes ,quiçá (!), imaginação para o novo. Sabe-se lá !!!
Não acho que isso justifique que nos sentissemos orgulhosos! Não eramos nessa altura um país pobre? Qual a vantagem de termos um escudo forte e reservas de ouro se não souberam usa-las no desenvolvimento? Se isso tivesse acontecido talvez hoje estivessemos um pouco mais à frente!
Ter dinheiro no banco e a conta congelada não serve de nada!
Abigail
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