A interactividade da Colheita63 em movimento contínuo para todo o Mundo e especialmente para Lisboa , Tomar , Monte Estoril , Linda-a-Velha , Setúbal , Coimbra , Porto , VNGaia , Braga , VNFamalicão , Santo Tirso , Afife , Vila Real , Vinhais , Bragança , Castelo Branco , Seia , Vendas Novas , Varsenare e Aveiro

domingo, dezembro 12, 2010

WikiLeaks, 'sim' e sem 'mas' ...

1. Como cidadão, quero ter toda a informação pos-sível. Como jornalista, acredito que não devo esconder qualquer informação. Aceito que haja pessoas, não jornalistas, que gostem da primeira parte e defendam a selectividade na segunda, de acordo com os seus muito veneráveis interesses económicos, políticos e até partidários. É, no entanto, um desconforto reconhecer que continuam a existir jornalistas que se acham no direito de decidir quando, porquê, em que conjuntura, uma determinada informação é boa ou não interessa. "Porque é da fonte x", "porque interessa à pessoa, ou instituição, y". E eles, arautos da verdade, que a existir lhes teria sido outorgada por direito divino, registam umas e escondem outras de acordo com preconceitos, medos ou dependências - ou até na superior função de regularem o funcionamento do mundo. "Pois se do outro lado não se sabe nada..."
O caso das chamadas escutas a Belém, a nível doméstico, foi bem elucidativo a esse respeito. A nível global, os documentos da WikiLeaks estão a produzir a discussão que se sabe.
Eu sou, inequívoca e militantemente, pelo conhecimento e pela liberdade de informação. Até pelo dever da informação aplicado à actividade jornalística. Daí que, não achando pessoalmente relevantes alguns dos documentos divulgados pela WikiLeaks, entendo que até esses cumprem a sua função de explicar, a quem não as conhece, todas as dimensões da diplomacia, polí-tica e económica, mesmo na vertente mais mundana. Mas, no essencial, aprecio e apoio o fenómeno WikiLeaks e vejo com muita preocupação a forma como o poder económico é capaz de se agrupar globalmente na caça às bruxas dominando empresas cujo poder e saúde económica deveriam transmitir mais independência.

Ler tudo AQUI

NO DN de hoje 

-----

Eu também sou a favor do  WikiLeaks "sim" sem "mas" . Nunca gostei muito dos "confidenciais " e dos "restritos" e só espero que saia informação portuguesa cá para fora , nomeadamente do caso "Camarate" ,dos maiores casos de corrupção e do Casa Pia , para podermos ter outra informação que nos foi completamente escamoteada.

3 comentários:

mc disse...

O Wikileaks é tão só a expressão das mudanças que se vão embrenhando nos hábitos das pessoas, que, com a sua maior educação e sofisticada cultura, entendem que este é um meio certo e adequado de obter o que lhes é negado pelos poderes que elas próprias criam com o seu voto e que sentem que têm o direito de controlar - e inventam formas de lá chegar,recorrendo aos meios disponibilizados pelos avanços tecnológicos. Mas, definido o padrão, este tem de se aplicar a todos, de forma igual, não deixando de fora os amigos e partidários.
É uma arma da globalização , uma forma de pressão sobre os processos arcaicos dos governos e uma defesa dos interesses comuns aos cidadãos de todo mundo.
É um instrumento perfeito?Não,claro, nem precisa.

IFFT disse...

Na minha formação militar e no estudo das Informações (Intelligence) há um princípio fundamental, que rege essa área vital e que condiciona o desenrolar da actividade operacional.
Talvez por deformação profissional, esse princípio pratico-o de uma forma geral no meu dia-a-dia e , francamente , não me dou muito mal com ele.
Então qual o princípio?
É o denominado princípio da "Necessidade de saber".
Isto é, só deve ter conhecimento de determinados assuntos, quem necessita de ter informação sobre os mesmos, para tomar qualquer decisão.
Por aqui, posso dar a conhecer o que penso sobre o Wikileaks.
Quanto ao mais...

mc disse...

Tanto quanto julgo saber, ainda não foi quebrado nenhum segredo de "intelligence" pelas revelações .As questões que têm sido trazidas pelo Wikileaks ao domínio público são fundamentalmente políticas e não militares ou de segurança tout court. Pelo que tem sido mostrado, penso antes num anti-biótico , que, claro, tomado em demasia,ou faz mal ou se torna ineficaz.