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sexta-feira, junho 19, 2009

ESCRITAS NA AREIA

Já que estamos numa maré de letras, ontem, no Clube de Tiro de Monsanto, o nosso amigo do Blog, Bernardino Louro, João Sena, de seu nome e Coronel de Cavalaria, reformado, lançou com toda a pompa e circunstância, mais um livro-Escritas na areia- da sua autoria, em que relata as histórias que viveu com os mais diversos tipos de pessoas que conheceu, mercê de uma vida repleta experiências, que teve a felicidade de viver, graças à sua origem e profissão que abraçou denodadamente.

A plateia era constituida, essencialmente, pelos seus familiares e amigos de peito, onde não faltaram alguns dos soldados que com ele viveram, mais de perto, os dramas da guerra, em Angola, outros militares seus camaradas de Armas e habitués da matéria.

No meio deste grupo heterogéneo lá estava eu e o Helder. Eu, como amigo e camarada de armas; o Helder como seu ex- alferes e amigo pessoal.

O livro é um conjunto de diversos textos e após lhe ter dado uma vista de olhos na diagonal, dois deles chamaram-me à atenção pelo valor da sua escrita e pela forma como se referem a Bragança, ao Helder, à colheita 63 e de uma forma geral às gentes bragançanas.

Por tal motivo , trancrevo partes do que julgo interessar.

Ora vejamos:

Do texto - "Era Primavera e Chovia", Pg 179
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"Lembro-me que da primeira visita a Trás os Montes, foram as rochas que, me impressionaram, na sua eternidade e rudeza, na sua imponência e nobreza. As terras gastas, arredondadas pelo vento, há muitos milhares de séculos habituaram-se a ver passar os tempos, as modas e os homens.

Depois, pelo calor e serena fraternidade dos que lá estavam, detive-me nos homens.

Ainda eram, esses, mais belos que as pedras altaneiras que dobram frios e ventos, neves, geadas e estios

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A todos , casados e solteiros, ainda que só incidentalmente, e para o meu amigo Helder Barreira,suas primas e primos,conhecidos e afilhados, façam parte ou não da apurada Colheita 63, que generosamente me vai acolhendo, vão os meus votos sinceros de uma larga vida, para que eu possa continuar ter, pelo menos, o sonho ou a certeza de um dia, poder voltar à vetustacidade de Bragança. Ali, eu fui muito feliz!

Do texto "Cartas do Capitão"I, pg 175

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São essas as coisas simples da vida. Sobretudo, a coerência e a lealdade a uma ideia, a uma fé, a uma amizade, ou mesmo a uma mulher. Verificar que, passados anos, modas, estios e vendavais,as árvores continuam de pé e há homens que, como as rochas e as fragas, resistem e envelhecem.

Todas estas ideias me acudiram quando quis escrever sobre um amigo, um companheiro e, porque não dizê-lo : um irmão que me acompanha, me estima e me agasalha, há mais de quarenta anos.

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Pois bem.O exemplo do meu amigo Hélder Barreira, o homem rude e terno, como são as fragas da sua terra, muito para lá dos montes, consola-me a alma e faz-me acreditar no Homem e na Amizade.

Parabéns João Sena!

Muitos êxitos literários e principalmente muita saúde são os votos dos Colheiteiros de 63.

3 comentários:

mc disse...

Palavras simpáticas e sinceras,de que gostosamente agradeço a pequena parte que me toca,com votos de saúde ,mais escrita e boas vendas.Abraço.

Anónimo disse...

Votos de muitas vendas.
Abraço
gb

francisco almeida disse...

Por tudo, e muito especialmente pelo carinho com que mimoseou a nossa terra e os "colheiteiros", um grande abraço e o desejo de muito e longo êxito literário.
F.A.