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sexta-feira, abril 15, 2011

Eça de Queiroz


Fiz a quarta classe na aldeia em casa dos meus avós.
Felizmente!
Tive uma professora que me preparou até ao 5ª ano!
Era de Izeda e basta!
Penso que ainda agora beneficio do que ela me ensinou.
Quando era miúdo era muito mais falador do que agora e, sobretudo, mais perguntador.
(Agora sou mais reformulador)
Estava sempre a fazer perguntas ao meu avô. Sobre tudo.
Era frequente ele responder:
- Vai ler o Eça que está lá tudo!

Para os defensores da crise, só referenciada aos últimos 6 anos, recomendo o que o meu avô dizia:
- Vão ler o Eça que está lá tudo!

Para o tempo que passa é muito útil ler O Conde de Abranhos!

3 comentários:

Anónimo disse...

Óptimo conselho! UM

mc disse...

Ontem dei-me ao trabalho- inglório, pelos vistos - de transcrever uma parte de uma carta de Eça a Pinheiro Chagas, mas sumiu-se. A continuação seria assim:
"É que há duas espécies de patriotismo,meu caro Chagas.
Há em primeiro lugar o nobre patriotismo dos patriotas: esses amam a pátria, não dedicando-lheestrofes, mascom a serenidade grave e profunda dos corações fortes.Respeitam a tradição,mas o seu esforço vai todo para a nação viva, a que em torno em torno deles trabalha,produz, pensa e sofre: e , deixando para trás a s glórias que ganhámos nas Molucas ocupam-se da pátria contemporânea, cujo coração bate ao mesmo tempo que o seu, procurando perceber-lhe as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-las mais livre, mais forte, mais culta, mais sábia, mais próspera, e por todas estas nobres qualidades elevá-la entre as nações.Nada do que pertence à pátria lhes é estranho: admiram decerto Afonso Henriques, mas não ficam para todo o sempre petrificados nessa admiração: vão por entre o povo, educando-o e melhorando-o, procurando-lhe mais trabalho e organizando-lhe mais instrução, promovendo sem descanso os dois bens supremos - ciência e justiça.
...................................
sacrificam-lhe vida, trabalho, saúde, força. Dão-lhe sobretudo o que as nsações necessitam mais, e o que só as faz grandes: dão-lhe a verdade. A verdade em tudo, em história, em arte, em política, nos costumes. Não a adulam, não a iludem: não lhe dizem que ela é grande porque tomou Calecut, dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: -"Tu és pobre, trabalha; tu és ignorante,estuda; tu és fraca, arma-te!E quando tiveres trabalhado, estudado, quandote tiveres armado, eu, se for necessário, saberei morrer contigo!"
Eis o nobre patriotismo dos patriotas.
O outro patriotismo é diferente: ................................."

Anónimo disse...

Que edificante excerto do Eça, MC. Patriotas destes é que nós precisávamos nesta época conturbada. UM