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segunda-feira, setembro 28, 2009

Uma análise

Daniel Oliveira, ex-dirigente e militante do Bloco de Esquerda, faz a seguinte análise no seu blogue Arrastão:

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O que realmente interessa é a situação em que agora nos encontramos. O PS está em minoria. Não haverá, estou seguro, nenhum governo de coligação – se o PS fizesse uma coligação com o CDS, alem de se partir internamente daria à esquerda (BE e CDU) mais um exército de descontentes para engordar os seus próximos resultados. Assim, tudo será aprovado à medida. Umas vezes as coisas serão simples: apoio do PSD em alguns assuntos de regime, apoio da CDU e do BE nas questões de costumes e em relação a algumas obras públicas. Mas há tudo o resto. No primeiro Orçamento, o PSD lá dará a borla. Mas depois o PS terá de negociar. E aqui é que a porca torce o rabo. Ou o Bloco de Esquerda e o PCP se entendem (em vez de se vigiarem para saber qual deles é o mais puro e intransigente) para terem vitórias e cedências negociadas do PS, ou tudo será decidido com o CDS. Ou se põem de fora para qualquer negociação de coisas concretas ou darão todo o poder ao CDS.

Este cenário até acaba por ser de mais fácil gestão para CDU e Bloco, já que cada um deles, não tendo a faca e o queijo na mão, nunca será responsabilizado por uma reprovação ou aprovação de qualquer coisa. Mas pode ser autodestrutivo. Enquanto o CDS pode gerir sozinho o que faz ou não faz, CDU e BE tenderão a desresponsabilizar-se por sozinhos não garantirem maiorias. E isto preocupa-me.

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