A interactividade da Colheita63 em movimento contínuo para todo o Mundo e especialmente para Lisboa , Tomar , Monte Estoril , Linda-a-Velha , Setúbal , Coimbra , Porto , VNGaia , Braga , VNFamalicão , Santo Tirso , Afife , Vila Real , Vinhais , Bragança , Castelo Branco , Seia , Vendas Novas , Varsenare e Aveiro

terça-feira, novembro 10, 2009

O que pensamos de nós mesmos...

Ontem uma ilustre pessoa perguntou - me na Net ,  quem eu era , quais as minhas sensibilidades  , humanidades inclinações religiosas , políticas e desportivas e eu fiquei um pouco encavacado , pois falarmos sobre a nossa pessoa  é muito dificil e a imagem que vemos no espelho , pode não corresponder à imagem que têem de nós. Mesmo assim respondi , mas fiquei a pensar nas minhas respostas , se seriam ou não , as correspondentes à realidade . Mas qual realidade , a minha ou a dos outros ?
Nem a propósito , deparei hoje com um artigo no Destak que passo a transcrever e que pode dar alguma luz á minha pergunta :


"Não há nada mais confrangedor, mas acontece todos os dias, do que lidar com uma pessoa que tem uma opinião de si própria que difere em absoluto daquela que temos dela. Quando diz que é muito franca e directa, nós vemos má criação; quando se gaba de ser compreensiva, nós vemos autismo puro; quando se vangloria da sua capacidade de liderança, percebemos que o que move alguém a segui-la é o medo, e por aí adiante.
Para além de ficarmos sem saber o que fazer - dizer-lhe o que pensamos dela, ou manter-nos caladinhos, deixando-a navegar naquela ilusão sobre si mesma -, começamos a pensar: e nós? Nós que nos achamos tão capazes da autocrítica, será que andamos por aí a fazer figuras iguais?
Os psicólogos dizem que nos vemos sempre num espelho ligeiramente distorcido, e que muitas vezes tendemos a dourar os nossos defeitos, mas acreditam que podemos aproximar-nos da verdade se formos escutando o que os outros vão dizendo sobre nós, sem reagirmos imediatamente à defesa, ou desclassificando quem nos critica.
O nosso Eu, explicam, não é uma construção individual, mas o resultado de muitas espreitadelas ao nosso reflexo, somadas ao input exterior, que nos chega muitas vezes apenas pela linguagem corporal dos nossos interlocutores. Se eles bocejam a meio de uma conversa, confirmamos que de facto falamos de mais, se franzem o sobrolho ou faíscam dos olhos vamos percebendo que a nossa maneira de expressar pontos de vista é provavelmente demasiado contundente, se, por outro lado, conseguimos que descontraiam e nos lancem um sorriso genuíno, é porque o registo que utilizamos é o certo.
As pessoas que não conseguem ler estes sinais vão fazendo uma cisão grave entre aquilo que são e o modo como se percebem. Levá-las a verem-se a um espelho que não esteja distorcido é em muitos casos uma miragem, de tal forma já cristalizaram a sua auto-imagem."


1 comentário:

IFFT disse...

O problema está quando as pessoas actuam, em função do exame que delas fazem, quem as rodeia.
Infelizmente, há muita gente, nos tempos que correm, que assim procede!
Deixaram de ser autênticas e andam, permanentemente, com uma máscara que tenta disfarçar os seus princípios e valores, por forma a agradar a terceiros.