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domingo, junho 20, 2010

Saramago!

(Cavaco depois da cena do bolo-rei)

Não sou incondicional de Saramago. Gosto muito de alguns livros (Levantado do Chão e Caim, por exemplo) e não tanto de outros que tenho dificuldade em "tragar".
A incapacidade é minha, não é por acaso que vende tanto, tem milhares de admiradores e ganhou o Nobel.
Aliás o único Nobel da língua portuguesa.
Goste-se dele ou não, é um escritor ENORME, universal, que honra Portugal.
Morreu.
Chegou o corpo e ficou em câmara ardente, nos Paços do Município.
Na TV, vi Soares, Sampaio, Sócrates, personalidades de vários quadrantes políticos, gente da cultura e pessoas anónimas.
Até vi a Ministra da Cultura de Espanha.
Só não vi Cavaco, ou alguém em sua representação.
Pois, afinal ele tinha-o "indexado", quando apoiou Sousa Lara.
E Sua Excelência, D. Cavaco I, o Preocupado, onde estava?
Com a Excelentíssima Senhora D. Maria, filhos e netinhos, estava a comer um cozido, na Furnas (Ilha de S. Miguel), onde está a passar quatro dias de férias, a que tem todo o direito.
Desta vez não foi a Capadócia que as eleições estão muito próximas!!!
Há homens grandes, médios, pequenos e pequeninos.
Cavaco é pequenino.
Não tem culpa, sempre foi assim!

Adenda - o Estado Espanhol fez-se representar pela Vice-Presidenta do Governo e pela Ministra da Cultura. A candidata presidencial brasileira pelo PT, Dilma Roussef, fez questão de estar presente. Onde está o homem de Boliqueime? Ainda a papar o cozido? Nem um representante oficial? É mesmo pequenino e provinciano!

8 comentários:

Anónimo disse...

Alguém imortalizou o " Portugal dos pequeninos "... M.A.A.

Francisco Almeida disse...

Gostemos ou não gostemos de Saramago,a verdade mostra-nos que foi muitíssimo lido,traduzido (em meia centena de países)e respeitado pelas mais altas hierarquias a nível europeu, senão mundial! Só por isso deveria colher o repeito e a admiração dos semelhantes. A Língua Portuguesa perdeu um dos seus maiores divulgadores. Por isso... não sou capaz, neste momento, de deixar de me lembrar de Fernando Pessoa: " A minha Pátria é a Língua Portuguesa"
Um abraço D.O.

Anónimo disse...

Fiquei deveras impressionado com a qualidade dos discursos pronunciados esta manhã no salão nobre da Câmara Municipal de Lisboa, na hora da despedida a José Saramago. Quer o do Prof. Carlos Reis, quer o da nossa Ministra da Cultura, quer o de Jerónimo de Sousa, quer ainda o da Vice-Presidente do governo espanhol-todos tiveram substância, equilíbrio, sinceridade e força - que é raro encontrar juntos em actos solenes. Mas este, mais do que de solenidade era feito da tristeza pela perda da voz que se calara. Ficam os livros- que muitos cidadãos erguiam como troféus indestrutíveis.

mc disse...

O anónimo anterior..

DuarteO disse...

Cavaco Silva não tinha nada que ir ao funeral de Saramago. Dispensava-se.
O Presidente da República, porque representa o país, tinha de estar presente.

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras do MC.
M.A.A.

Anónimo disse...

De facto é muito pequenino! E o presidente da sua Casa Civil também e, assim sendo, não podia aconselhá-lo de outra maneira...Pouca sorte a deles que não têm tempo para ler e compreender a obra de Saramago. Subscrevo a apreciação das cerimónias fúnebres feita pelo MC e os restantes comentários. Resta-me acrescentar que inicialmente senti dificuldade de concentração para ler Saramago. Aos poucos, comecei
a ver a profundidade do seu pensamento com que cria e destrói mundos possíveis, reinventando-se continuamente. Fascina-me a simplicidade com que joga com a linguagem e o seu conceito de romance "(...)deixou de ser um género para se transformar num espaço literário" teorizou em entrevista a José Rodrigues dos Santos em CONVERSAS DE ESCRITORES.
Para aceitarem a sua irreverência religiosa, que tantos engulhos motivou, muitos podem adoptar a visão de Gabriela Canavilhas "(...)se Saramago não conhecia Deus, Deus conhecia-o a ele(...)" e aceitava-o(acrescento eu). SARAMAGO É ENORME! Rendo-lhe a minha humilde homenagem.
Urze dos Montes

Rosa dos Ventos disse...

Nem sequer se pode chamar-lhe cavaquinho porque isso seria ofender o instrumento musical...