Segunda, 28 de Maio de 2007O NEVOEIRO À VOLTA DA OTA
Mário Bettencourt Resendes
jornalista
mario.resendes@dn.pt
Já não chega ser um cidadão bem informado para se conseguir ter uma opinião consolidada sobre a localização de um novo aeroporto internacional que sirva Lisboa. Sucessivos governos, do PS, do PSD em coligação com o CDS e novamente do PS, apontaram a Ota como opção preferencial. Tudo indica que foi uma decisão fundamentada em estudos credíveis. As próprias organizações ambientalistas, nos tempos que correm particularmente exigentes face a grandes empreendimentos que implicam alterações dramáticas na organização do território, terão dado o seu aval ao projecto.
Já não chega ser um cidadão bem informado para se conseguir ter uma opinião consolidada sobre a localização de um novo aeroporto internacional que sirva Lisboa. Sucessivos governos, do PS, do PSD em coligação com o CDS e novamente do PS, apontaram a Ota como opção preferencial. Tudo indica que foi uma decisão fundamentada em estudos credíveis. As próprias organizações ambientalistas, nos tempos que correm particularmente exigentes face a grandes empreendimentos que implicam alterações dramáticas na organização do território, terão dado o seu aval ao projecto.
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Entrou em funções o actual Governo e passou-se das palavras à acção. Pois bem, foi como se tivesse voltado tudo ao ponto zero. Multiplicam-se estudos, livros e argumentos, assinados e defendidos por nomes credíveis, que chegam a conclusões opostas.
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A "cereja no bolo" foram as recentes declarações do Presidente da República, que bem necessitado estava de encontrar uma área de distanciamento face ao Governo. A direcção do PSD, debilitada internamente e com enormes dificuldades em fazer frente a Sócrates, recebeu as palavras de Cavaco como "pão para a boca".
Ou seja, corre-se o risco de transformar em arma de arremesso político-partidário uma questão de desenvolvimento estratégico.
É Portugal no seu melhor...
2 comentários:
D.O.:
Isto é o que se chama madrugar!
Os bichinhos impõem obrigações, não é só o prazer que dão!!!
Quanto ao aeroporto, isto faz-me lembrar o que aconteceu com as discussões que houve ,ininterruptas , cansativas e paralisantes sobre o aeroporto de Macau na década de 80, até que quem podia decidiu por uma das duas opções existentes e a obra
fez-se num instante.
O que é preciso cá?
Como sou amigo das aves excluo Rio Frio.Como sou comodista e é óptimo sair do avião e sentir o cheiro de Lisboa, escolhia a hipótese actual mais Alverca ou Alcochete. Berlim tem três aeroportos ao seu serviço dentro de portas.
Mania que somos um país rico! E pior que isso é a fulanização das decisões e a falta de carácter epara manter decisões já tomadas.
Para a OTA depressa e em força.
SÓCRATES DIXIT...
Com um abraço do servo humilde Isaías.
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