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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Hoje estou numa de guerra

O comboio era o transporte utilizado pelos soldados que partiam para a guerra no Ultramar

“Partiam vivos e regressavam mortos”

Durante a guerra no Ultramar, as estações da Linha do Sabor viram partir muita mocidade para diversos pontos do continente africano.

“Havia dias muito tristes. O comboio transportava os magalas para a guerra, mas também os trazia de volta, só que, muitas das vezes, vinham dentro de um caixão”, recorda Maria Carvalho, habitante de Duas Igrejas.
Estas situações foram vividas por um grande número de pessoas que residiam ao longo da linha.
Maria Carvalho lembra um desses episódios, em que o seu marido, que era comerciante, foi chamado à estação da aldeia para fazer o transporte de um soldado morto em combate até à sua terra natal. “Eram situações muito dolorosas. O meu marido teve de transportar a urna – que vinha embrulhada num espécie de lona - numa carrinha de caixa aberta”, salientou.
Quando a urna chegou a Ifanes, também no concelho de Miranda do Douro, já era meia-noite. A população já estava à espera do soldado morto e, mal viram a urna, começaram a chorar e a gritar.
“Este episódio marcou-me muito. Eu tinha 22 anos e dois filhos pequenos. Para uma mãe é doloroso ver uma situação daquelas”, concluiu, emocionada.

Por: Francisco Pinto

3 comentários:

Anónimo disse...

Este trecho pertence a que obra? Quem é o autor? Há continuidade? E vai haver aqui essa continuidade? O lado negro da guerra na rectaguarda, onde também se perdem guerras.

Anónimo disse...

Essa foi mais uma situação do tempo da guerra no Ultramar.
Não foi um facto isolado ,houve
como muito bem sabes muitos e muitos casos.
Faço uma pergunta.O rapaz desertou?
Deu o "salto" para França?
Podia ter feito e não o fez.
abraço
BV.

IFFT disse...

Julgo que este relato não corresponde à verdade.
A pratica habitual do Ministério da Defesa, para com os seus soldados mortos ao serviço da Pátria, é organizar, com um mínimo de dignidade os seus funerais.
Eu próprio, à semelhança de tantos outros casos, na altura da guerra colonial,em 1969, estando colocado no Batalhão de Caçadores 10, Chaves, fui com uma força militar, prestar as últimas homenagens a um camarada militar falecido em África,sendo o corpo enterrado nas imediações de Vila Flor, para onde a urna havia sido transportada em carro funerário do Ministério da Defesa, acompanhado por familiares e outros militares.
Contudo...