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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Copos, nem cheios, nem vazios...

A propósito do poste das questões da Saúde, que o HB colocou, ocorreram-me os seguintes comentários:

  • Que tipo de Sistema de Saúde desejamos para Portugal? Tipo SNS actual, embora melhorado, em que os Médicos trabalhassem no Público, ou no Privado, sem acumularem, e em que os Serviço Privados fossem complementares dos Públicos? Penso que esta seria a melhor e mais adequada solução para o nosso país, pensando sempre que a despesa em saúde aumentará sempre, pois o aumento da oferta induz o aumento da procura e as novas tecnologias, a que todos temos direito, encarecem muito os cuidados de saúde.
  • Depois de definir este aspecto é necessário fazer uma avaliação completa, com a colaboração da Ordem dos Médicos, que é a entidade que tem o número correcto de médicos, para saber a sua idade, local de trabalho, tempo de reforma, etc., para assim podermos calcular as necessidades médicas a curto, médio e longo prazo.
  • Precisamos também de saber quantos alunos frequentam as actuais Faculdades de Medicina portuguesas e estimar quando acabarão os cursos. Por outro lado seria necessário avaliar quantos jovens portugueses estudam em Faculdades de Medicina estrangeiras - sem custos para o Estado Português - e quantos estarão disponíveis para regressar.
  • Temos, também, de conhecer quantos Médicos contratados em países estrangeiros, principalmente da América do Sul e no Leste Europeu, estarão disponíveis para permanecer em Portugal e por quanto tempo.
  • Só com todos estes dados podemos avaliar correctamente o problema e definir a estimativa mais adequada das necessidades médicas, no presente e no futuro, tendo em conta o envelhecimento da população médica e da população em geral.
  • Quanto às novas Faculdades (Faro e Aveiro) tenho dúvidas da sua necessidade e da sua real eficácia.
  • Também é verdade que não tenho todos os dados, para poder avaliar a situação.
  • Para investigarem, como referiu ontem na TV, o Ministro Mariano Gago? Onde, pergunto eu? No estrangeiro?
  • Não esqueçamos que um Médico fica muito caro ao Estado, a todos nós pagantes de impostos. São cerca de 12 anos de formação, além do Secundário! São muitos anos e implicam tecnologias muito caras.
  • Posto isto, acho que o copo não está nem meio cheio, nem meio vazio! Não sabemos o tamanho do copo, nem a quantidade de líquido que temos e precisamos para o encher!

Declaração de interesses:
Tenho um filho numa Faculdade de Medicina estrangeira, que está renitente em regressar.

Oxalá mude de opinião!

3 comentários:

mc disse...

Falamos de palpites e de estados de alma, porque, como tu bem dizes, "não sabemos o tamanho do copo", nem o que já tem nem o que lhe falta.
Certo é que a situação , para os cidadãos, oferece grande escassez de resposta em caso de necessidade, bem como faltam ainda meios estabilizados de prevenção e de rastreio. A máquina é pesada.
E se o dinheiro do contribuinte há-de ir para veículos e benesses exorbitantes dum escol político e de interesses, mais vale que ajude a formar elites que sejam capazes de abrir uma senda larga de ousadia na cultura,na ciência e na investigação.Esse é o caminho,que os tempos são mais exigentes - e talvez seja o "nosso relógio de cuco" que tão bem fez à Suiça!
É preciso optimismo e para lá chegar, é indispensável prévia abundância e transparência nas informações sobre as decisões que possam ser controversas.

DuarteO disse...

Quando acabei o curso no H. Sta Maria, em 1970, era-mos cerca de 350 finalistas.
Na época do "estrangulamento" imposto pelos Professores não ultrapassavam os 90.
O Hospital era o mesmo, o número de Médicos que lá trabalhavam era maior.

Também a privada era maior...
Pois...

Anónimo disse...

Independentemente de toda a falta de recursos para os "pacientes" e que tão impacientes nos deixam, o que faz muito nervoso é o facto de os médicos terem feito cursos tão difíceis, caros e morosos e, nestes últimos tempos, têm que perder o seu precioso tempo a fazerem de escriturários.Ainda ninguém me explicou porque é que deixou de haver o infermeiro ou outro, que facilitava no preenchimento dos formulários, enquanto os médicos se dedicariam àquilo para o qual estudaram. Não seria bom também para os números do desemprego?
Deste assunto, o meu único interesse é o de utente e pagante, além da consciência nacional.
Fernanda Campos