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terça-feira, março 31, 2009

Que pressões afinal?

As pressões

De há uns tempos para cá, mas com maior abundância desde a exibição do famoso vídeo pela TVI, jornais, comentadores e o representante do sindicato dos magistrados do MP dizem que há pressões sobre os investigadores, que há forças poderosas a calarem a exercerem influências, que há interesses a querem arquivar o processo Freeport.

Nunca se concretiza de quem são essas pressões e quem são as forças ou os interesses poderosos, deixando no ar que é o governo, José Sócrates, figuras da administração central ou do partido do poder.

Há, no entanto, algumas pressões que existem e elas têm nomes. Basta ver este texto de Mário Crespo para perceber que ele já decidiu que José Sócrates é culpado, já determinou que deveria ter sido constituído arguido, ficando todos nós pasmados com a clarividência, os conhecimentos que tem da investigação a correr, o à-vontade que demonstra nos meandros da justiça. A pressão mediática para que se conclua que Sócrates é culpado é insuportável, todos os dias se falando do processo, fazendo com que o caso arda em fogo lento, fazendo crer que são os jornais e as televisões que estão a zelar pela verdade.

Portanto, se o processo for arquivado já está decidido porque foi: os corruptos do governo e do PS, orquestrados por Sócrates, em conluio com o Procurador Geral da República e a directora do DCIAP, Cândida Almeida, com medo que os assassinem ou os deportem para a Madeira, cedem com ignomínia a este novo ditador, que nem sequer tem a genialidade de Salazar, esse sim, um grande líder.

Sobram-nos ainda os heróicos lutadores, Manuela Moura Guedes, Mário Crespo e José Manuel Fernandes, para defenderem a liberdade e a justiça, neste país cheio de medo.

Na minha santa ingenuidade (cega e abjecta lealdade ao ditador) penso que a quem menos interessa que se arquive o processo é mesmo a José Sócrates, pois enquanto não se provar a sua culpa ou a sua inocência, nunca se livrará desta sombra.

Por Sofia Loureiro dos Santos