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sábado, maio 29, 2010

Com isto é que eu não contava ....

A direita católica conservadora sente- -se órfã de candidato presidencial - após a promulgação do casamento gay por Cavaco Silva - e tem em marcha uma demanda para encontrar um novo candidato à direita. O descontentamento tem levado elementos próximos do movimento Pró-Vida e da plataforma Cidadania e Casamento a sondarem possíveis soluções alternativas. Ao i, o antigo ministro das Finanças Bagão Félix admitiu ter sido sondado: "A minha resposta foi categórica. É um cenário que não me passa pela cabeça. Já estou na idade em que não se tomam decisões por emoção."

Bagão Félix tem conhecimento da desilusão que Cavaco provocou junto de alguns sectores ao decidir promulgar a lei do casamento gay. "Partilho desse desconforto", admite. "Percebo que a grande conjugação é o equilíbrio entre a ética e a responsabilidade. Eu próprio, enquanto ministro, tive que abdicar algumas vezes do princípio da ética. Mas este [o casamento gay] é daqueles pontos em que a ética e a convicção se devem sobrepor", diz, criticando a opção de Cavaco Silva.

Bagão Félix alerta, no entanto, para a necessidade de se pensar nos efeitos do aparecimento de outro candidato de direita: "Imagine que eu concorria. Estou perfeitamente convencido de que poderia levar a uma segunda volta entre Cavaco e Alegre. É um risco." O medo do ex- -ministro é explicável pela maioria absoluta magra obtida pelo Presidente da República em 2006. Cavaco Silva foi eleito com 50,59% dos votos, pouco acima da linha de água.

O descontentamento face à tomada de posição do Presidente da República é ainda extensível aos sectores militares, sabe o i. O tenente-coronel João José Brandão Ferreira, conhecido pelas suas posições públicas contra o casamento gay, a educação sexual nas escolas e a liberalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, também foi convidado para assumir o papel de candidato alternativo à direita. Porém, até ao fecho desta edição não foi possível confirmar qual será a resposta do tenente-coronel a esta solicitação.

"A promulgação do Presidente abriu fortes fissuras na base de apoio eleitoral cavaquista", disse ao i fonte política próxima de Cavaco Silva. "Há franjas do eleitorado, principalmente ligadas aos sectores católicos e militares, que estão zangadas com o Presidente e que preferem a abstenção ao voto; uma candidato alternativo pode capitalizar este descontentamento", refere. Porém, conclui: "Cavaco Silva fez as suas próprias contas e optou pela promulgação."

Ontem, em entrevista ao i, Santana Lopes deixou em aberto o seu voto nas presidenciais: "Sabe-se lá se aparece outro candidato." Ao coro de críticos juntou-se ainda a voz de João César das Neves. O professor de Economia da Universidade Católica, que foi conselheiro de Cavaco Silva em São Bento, não escondeu a desilusão: "O Presidente perdeu muitos votos com a decisão e não terá ganho nenhum." As movimentações estão em marcha e, como diz Santana, "on verra".

No I de hoje 
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Eu contra o Cavaco  , voto em qualquer um , menos no Manuel Alegre . Tenho dito e ainda falta 1 ano ...

5 comentários:

Anónimo disse...

Será que a direita católica não entende que o veto do Presidente não ia modificar nada? A tolerância da diferença também é um valor cristão, suponho eu.

LP

Anónimo disse...

"Eu contra o Cavaco , voto em qualquer um , menos no Manuel Alegre . Tenho dito e ainda falta 1 ano ..." HB dixit. Felizmente que ainda tens uns tempos e já não chega a um ano para repensar e reflectir.
Um abraço. O Manel é o meu candidato e já foi nas última eleiçao.
Afinal se só descobriste agora o voto é livre.
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Unknown disse...

Caríssimo anónimo : assina o teu comentário , penso que és o JM , mas se não fores é o mesmo . Sempre votei livremente e já uma vez pedi a suspensão de militante para votar no Pinheiro de Azevedo . Desta vez não peço a suspensão , mas não voto no Manuel Alegre e nunca votaria no Cavaco.

Unknown disse...

JT em vez de JM ( também podia ser J . Mário ).É o mesmo nome.

Anónimo disse...

Em cheio, rapaz.
Desculpa não ter assinado. Lapso de momento.
Um abraço,
Jorge.