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quinta-feira, maio 20, 2010

Perante o medo de falhar, os alunos fazem de tudo para enfrentar o fracasso ...

Em qualquer escola há sempre aqueles alunos que nunca estão quietos. Levantam-se da cadeira, empurram os colegas, respondem aos professores, rabiscam os cadernos em vez de estarem atentos. Será que perderam o interesse pela escola? Será que gostariam de estar a brincar no recreio em vez de ficarem encafuados numa sala? Será que não gostam da matemática nem gostam de aprender a ler? Não é nada disso. "Boa parte das crianças mostra esse tipo de comportamentos porque é a sua forma de reagir ao medo que sente perante o fracasso", conta Paula Espada, professora da Escola Básica nº 3, em Sacavém, no concelho de Loures.

Paula Espada quis perceber os motivos que levam os miúdos da sua escola a serem irrequietos. E tão teimosa foi essa dúvida que acabou em tese de mestrado sob o título "Diferentes modos de sentir e de agir em contextos divergentes: (re)acções das crianças perante o fracasso". Durante um ano lectivo inteiro, a professora primária andou de sala em sala de aula a observar de perto 16 alunos do 1º ano e ainda outros 20 do 4º ano. Conversou com eles, ouviu as suas confissões e esteve atenta a todos os comportamentos que tiveram nas aulas.

No final do ano, descobriu que quando os miúdos estão desatentos, isso quer dizer, na maioria das vezes, que não perceberam a matéria e não conseguiram executar o exercício que a professora pediu. "Perante o medo de falhar, os alunos procuraram várias estratégias para evitar enfrentar aquilo que mais lhes custa: o fracasso." Nem todos reagiram da mesma maneira, diz a professora

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Vamos lá a ver o que dizem @s noss@s professor@s

4 comentários:

Anónimo disse...

Se essa professora experienciou essa realidade, não tenho porque refutar. Experiências bem executadas permitem boas conclusões a quem as sabe interpretar. Por meu lado, permito-me entender que, no momento presente, as crianças têm poucos hábitos de disciplina e "afazeres" a mais, conjugados com a ausência de vigilância afectiva (de alguém que os ame - pais, mães, avós). Isto deixa-lhes a cabecinha a pensar em muitas coisas ao mesmo tempo (muitas delas sem lhes dizerem respeito nem serem apropriadas à sua capacidade intelectual e idade), não sendo capazes de as gerir bem . Esta é a minha experiência, embora nunca a tenha exercido numa escola mas ainda a exerça em casa. De qualquer modo, continuo à espera do melhor conselho. É trocando experiências que vou aprendendo umas coisinhas, aqui e ali, disto e daquilo. Até acredito que o Mundo ainda não foi descoberto!!!...Mas todas as tentativas são válidas.
Abraços
Fbbc
Fbbc

Anónimo disse...

Medo de falhar » incompreensão das matérias » falta de atenção

É um trabalho positivo, cujo maior interesse reside em não ter havido qualquer preocupação com as classificações dos alunos que estão a jusante dos problemas aqui expostos. E tem toda a razão e cabimento a modéstia da investigadora que reconhece,à partida, os limites do seu próprio trabalho ,colocando-o na prespectiva correcta de mais um elemento a juntar a outros de variadaa proveniência e que tornarão possível esclarecer pais e educadores e ,em conjunto, criar respostas de sucesso .
Outro aspecto que me chamou a atenção foi o da constituição das turmas observadas, maioritariamente formadas por imigrantes de 1ª ou 2ª geração provenientes dos PALOP, e que necessariamente têm características próprias e não presentes de igual maneira na grande maioria dos alunos - daqui, talvez, o aspecto que mais me impressionou no texto, aquilo que a investigadora chama de "truques para esconder a vergonha que sentem por não saberem executar um exercício".
O meu conhecimento de comportamentos de crianças na escola básica é muito escasso e não arrisco acrescentar mais nada.
Há um livro do ex-ministro da Educação Marçal Grilo que tem o interessantíssimo título "Difícil é sentá-los" escrito em colaboração.
E no mês passado publicou um chamado "Se não estudas estás tramado" -que promete análise de outras questões.

Unknown disse...

Bom comentário do "anónimo" , mas não permitimos comentários anónimos . Agradecia a se identificasse.

mc disse...

OK ! Foi falha do computador...