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quarta-feira, julho 30, 2008

Dia dos Avós...

Não posso deixar de dar á estampa este lindo texto que nos foi enviado sob a forma de comentário no post com o mesmo nome , pele nossa ilustre visitante Rosa dos Ventos :

Tenho muito boas recordações dos meus avós, conheci-os todos.A minha avó materna foi a 1ª a partir, era eu adolescente.Estava grávida do meu filho mais novo, quando morreu a minha avó paterna e já eram crescidinhos os dois filhos quando morreu o meu avô materno e 8 dias depois o paterno.Mas paremos com as mortes.Os meus avós maternos eram do planalto de Santo António, terra agreste de olivais e pastagens, aí passava eu grande parte das férias grandes que eram verdadeiramente grandes, tendo mais dois primos e uma prima do mesmo ano e uma dois anos mais nova para brincar de manhã à noite.Os meus avós paternos viviam na minha rua, como aliás quase toda a família.O meu avô paterno era um homem muito rígido,republicano de quatro costados, bastante culto, mas pouco afectuoso, esse carácter era contrabalançado pela minha avó Palmira, mãe de nove filhos, que nunca vi irritada, que nunca me ralhou, nem a ninguém creio eu.Era ela que nos longos serões de Inverno nos contava à lareira histórias de bruxas e de lobisomens que me deixavam encantada e amedrontada ao mesmo tempo.Ia para casa agarrada à minha irmã, quatro anos mais velha.Tinha sempre um mimo para nos dar, nozes, figos, uvas, maçãs, peras.Enquanto pôde, cozia pão e fazia para cada neto, dos mais novos, um espécie de merendeira com rodelinhas de chouriço ou carne de porco lá dentro, chamávamos-lhe "ratinhos".Dia de cozedura era dia de casa cheia de netos.Resumindo, posso dizer que a minha avó paterna e o meu avô materno foram aqueles que mais marcaram o meu carácter.Peço desculpa por me ter alongado tanto a falar de gente que não conheceis...É que não posso falar da sensação de ser avó...


Abraço R.V

Obrigado Rosa dos Ventos , a maior parte de nós também é avô .

3 comentários:

DuarteO disse...

Os meus Avós maternos, não conheci os paternos, também foram determinantes na minha formação.
No segundo post do meu blogue dizia:

"Aquele ano na aldeia, livre de andar aos pássaros, de ir para o rio, de subir às arvores, para quem vinha da Vila (Mirandela), apesar do rigor da minha monárquica avó, foi a experiência mais marcante da minha infância, para não dizer da minha vida.

O meu Avô era um homem culto, republicano de gema, democrata, lia muito, de uma sabedoria sem fim e adorava falar comigo que era, nessa altura, um palrador nato.
(Como me modifiquei, de palrador a escutador!)
Muito do que sou devo a esse ano, ou melhor, devo aos meus Avós!"

Os AVÓS são um bem precioso!
Tenho pena de ainda não ser avô!

Rosa dos Ventos disse...

Fiquei envergonhada...

Abraço

DuarteO disse...

Deixa lá que o coscuvilheiro fez-me o mesmo!
Seja pela vinda de netos...