Cheguei ontem de Valência, terceira cidade de Espanha, fundada em 138 a.c. pelos romanos, tendo-se desenvolvido após a ocupação dos árabes, que a conquistaram no ano de 718 aos cristãos, que com estes foram complacentes, desde que aceitassem a sua autoridade política e pagassem os seus impostos.
Só em 1238 Jaime I, rei da Coroa de Aragão, conquistou a taifa de Balansya, com a ajuda de tropas de da Ordem de Calatrava.
No Séc.XV, Valência atingiu o seu máximo esplendor comercial e financeiro, possibilitando um importante desenvolvimento urbanístico e cultural, bem patente em inúmeros monumentos que se podem visitar e admirar na parte histórica da cidade.
Até ao Sec.XX o Reino de Valência sofreu diversas vicissitudes nas guerras em que participou, sendo que no princípio daquele século, Valência era uma cidade fortemente industrializada.
Um facto curioso sucedeu no ano de 1957. O rio Túria que atravessava a cidade inundou-a, causando a morte de cerca de 80.000 mortos e para que tal não voltasse a suceder as autoridades locais resolveram desviar o curso do mesmo.
O grande espaço que que era ocupado pelo rio, passou a ser constituido por espaços verdes e campos de jogos, tornando-se o maior jardim urbano que existe em toda a Espanha.
Situada na costa leste da Península Ibérica, possui um conjunto de praias excelentes, banhadas pelas águas calmas e tépidas do Mediterrâneo, procuradas por turistas de toda a Europa.
Em termos gastronómicos quem não ouviu falar das célebres paellas ? Fazem-nas com tudo.
Com mariscos, sem mariscos, ervilhas, morrones,com frango, porco, etc. Num restaurante, serviram-nos uma, confeccionada apenas com coelho, feijocas e pimentos verdes e estava uma verdadeira delícia!
Já referi a existência de monumentos medievais e da Idade Moderna de grande valor arquitectónico, mas não poderia deixar de referir a existência da Cidade das Artes e das Ciências, que sob o traçado génial do arquitecto Santiago Calatrava marca uma época de progresso, com os seus Palácio das Artes, Hemisfério e Oceanário, na imagem que acima mostro.
Muitas mais coisas haveria a dizer desta minha ida a Valência, integrado no grupo de amigos militares, já afastados do serviço, que costumamos partilhar alguns momentos de lazer.
Desta vez fomos convidados para ir assistir ao Dia de Portugal, numa Unidade da NATO, que tem o Quartel General nos arredores de Valência, cujo 2º Comandante é um Major General português.No seu Estado Maior trabalham ainda 3 oficiais superiores portugueses e uma das Unidades de manobra é a nossa Brigada Mecanizada, sita em Stª Margarida, cujo comandante também estava presente.
Foi muito sensibilizante ouvir o nosso Hino Nacional, com todas as tropas perfiladas, na posição de apresentar arma, ao mesmo tempo que eram arreadas as bandeiras dos países pertencentes à NATO.
À boa maneira portuguesa, no fim da cerimónia os oficiais portugueses ofereceram aos seus camaradas do Quartel General, um almoço volante com produtos da nossa gastronomia, onde não faltaram bolinhos de bacalhau, leitão à bairrada, bacalhau à braz, queijo da serra, chanfana, vinhos espumoso, do Dão, alentejano e aguardentes velhas. Posso-vos garantir que desde os turcos aos americanos, passando pelos romenos e italianos todos se deliciaram com os nossos petiscos e bebibas. Uma boa jornada para o nome de Portugal.
Igualmente, uns bons dias de descontracção que passei por terras de Espanha!
1 comentário:
É o que eu digo tu nao paras!!E mais!!Onde houver uma boa comida estas la caido? Com o raio foi coincidir a tua visita, com tamanha tainada hein HB ??ha pessoas com sorte... :)
Bj
E.G
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