A interactividade da Colheita63 em movimento contínuo para todo o Mundo e especialmente para Lisboa , Tomar , Monte Estoril , Linda-a-Velha , Setúbal , Coimbra , Porto , VNGaia , Braga , VNFamalicão , Santo Tirso , Afife , Vila Real , Vinhais , Bragança , Castelo Branco , Seia , Vendas Novas , Varsenare e Aveiro

domingo, setembro 28, 2008

As coisas boas da vida

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente num Inverno frio.
4. Um supermercado sem filas nas caixas.
5. Um olhar especial.
6. Receber correio (pode ser electrónico.....)
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de serem engomadas...
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Batido de chocolate (baunilha ou morango).
13. Uma chamada de longa distância.
14. Um banho de espuma.
15...Rir baixinho.
16. Uma boa conversa.
17. A praia.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
19. Rir-se de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas.
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
22. Rir por nenhuma razão especial.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
25. Amigos.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro com novo parceiro).
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
30. Brincar com um cachorrinho.
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
32. Belos sonhos.
33. Chocolate quente.
34. Fazer-se à estrada com os amigos.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
38. Ir a um bom concerto.
39. Trocar um olhar com um belo/a desconhecido/a.
40. Ganhar um jogo renhido.
41. Fazer bolachas de chocolate.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
43. Passar tempo com amigos íntimos.
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas ( boas ou más) nunca mudam.
47. Patinar sem cair.
48. Observar o contentamento de alguem que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
49. Ver o nascer do sol.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.
51. E ver a tua cara a ler esta mensagem.

quarta-feira, setembro 24, 2008

E esta Hein !!!!

Najoud Al-Ahdal tem dez anos e vive no Iémen. Najoud merece a atenção internacional e o espaço de uma grande reportagem na edição francesa da revista Marie Claire deste mês (www.marieclarie.pt), porque é a primeira criança a conseguir obter o divórcio naquele país árabe. Leu bem, divorciou-se aos dez anos, idade em que a maioria das raparigas casa.
Divorciou-se, embora com uma compensação financeira ao ex-marido!

Para a Teresa, com um beijo!


Cada dia é mais evidente que partimos


Cada dia é mais evidente que partimos

Sem nenhum possível regresso no que fomos,

Cada dia as horas se despem mais do alimento:

Não há saudades nem terror que baste.


Sophia de Mello Breyner Andresen


Também eu queria ver

Devemos ser mais amigos dos touros ou mais amigos das pessoas? Ou será que é tudo a mesma coisa no sentido em que touros e pessoas, do ponto de vista da religião, são criaturas de Deus? Os amigos dos animais defendem que a televisão não deve passar touradas porque a barbaridade do espectáculo lhes faz espécie.

Já os amigos das pessoas nunca dizem nada. Sendo que as pessoas, graças ao livre arbítrio, podem fugir da arena a qualquer momento. Mas não fogem. Expõem as suas vidas, as suas traições e, por um saquito de euros, são aplaudidas pelos familiares traídos. E dizem--nos, os arautos da civilização, que o Dia Sem Carros faz bem à saúde (das pessoas e dos touros). Experimente--se um Dia Sem Televisão. Ah, que revolução!

In CM de hoje

terça-feira, setembro 23, 2008

Conversas com o meu Velho

- A que horas passa amanhã a camioneta para Bragança?
- Porque quer saber, pai?
- Quero ir para a minha casa...
- Mas a sua casa é aqui!
- E onde estamos?
- No Porto.
- Como é que vim cá parar?!...

Alguns minutos depois:
- A Maria (como ele chamava à minha mãe) já saiu?
- Pai, a mãe morreu há quatro anos...
- E porque é que não me dissestes nada?!...
- Dissemos, sim, pai.
................................................................................
- Quero-me ir embora.
- Para onde?
- Para a outra casa, onde está a Maria...
(saio da sala com um nó na garganta)

Coisas da Vida

Nove da manhã, sala de espera da consulta de Ortopedia, quarenta mamíferos esperam a chamada para os RX ou para os gabinetes dos senhores doutores. Abundam os da minha idade, com maleitas evidentes ou mais discretas, que se entretêm a contar as doenças, os sintomas, as dores, o que tomam e o que deixaram de tomar. "Rai's parta a velharia!", rosno com os meus botões, tentando concentrar-me na leitura do jornal...
Dispersos pela sala, meia dúzia de chavalos que se escavacaram na mota. De pernas e pés engessados, sentam-se como se estivessem num divã, com as canadianas encostadas às cadeiras, em posição propícia à rasteira a cada estropiado que passa, e dedilham furiosamente os teclados dos telelés...tic-tic-tic...tiriri-tiriri...plim-plom...plim-plom...plim-plom...tic-tic...Definitivamente impossível ler duas palavras seguidas.
Subitamente invade-me uma sensação de "déjà vu": é o altifalante a chamar os pacientes (palavra acertada, na circunstância), tão roufenho e apagado que obriga a esticar pescoços e aguçar ouvidos, na vã tentativa de ouvir o inaudível. Sorrio: vi uma cena parecida, imaginada pelo Tati, n'As Férias do Sr. Hulot.
Quando me pareceu ter ouvido o meu nome, embora nada me garantisse que não tinha sido ilusão auditiva, entrei para um corredor e fiquei à porta do gabinete, à espera que o sr. dr. acabasse de atender um telefonema. Entrei com as radiografias na mão e estendi-lhas depois de um bom-dia reciprocamente frio e seco. Examinou-as sem me olhar durante alguns momentos, e ainda sem me olhar comenta que está tudo a correr bem, atendendo à dimensão da fractura. Arrisco falar no que me preocupa: a reabilitação do braço. Como é? Vou precisar de mais quanto tempo de fisioterapia para recuperar, mesmo que não seja a 100%? É aí que olha para mim com ar de enfado e algum desdém, e dispara :"A senhora já não precisa de fisioterapia!". Olho bem para ele, e quando percebo que não está a brincar, rio-me. Rio-me a sentir a articulação do ombro como se fosse um sistema de roldanas enferrujadas, a pensar no meu dedo mindinho que parece atacado de "delirium tremens" cada vez que tento aproximá-lo do polegar.
Levanto-me e saio da consulta ainda de cremalheira à mostra, perante o olhar francamente hostil do senhor doutor ortopedista que, perante um membro visivelmente diminuído, só se importa com o calo ósseo.

Espectacular

Ela é branca, mas canta como uma negra!
Tem 11 anos, mas canta como uma mulher!
Bianca Ryan está a deixar o Mundo musical em delírio

Mulheres são melhores Chefes


O estudo oferece várias razões para que as mulheres superem os seus companheiros nos cargos de gerência: são mais planificadoras, mais empreendedoras, têm mais capacidades sociais e estão a par dos homens no que toca à estabilidade emocional. No entanto, eles mostram-se mais capazes na altura de controlar a execução de operações e fazer com que os prazos sejam cumpridos. São também eficientes no que toca a cumprir os objectivos económicos.

Mais neo-liberalismo

...
Os défices público e externo dos EUA vão crescer e o dólar já enfraquece à espera disso. Ao afundar-se o dólar, voltam a disparar as matérias-primas, em especial, o petróleo; o euro encarece, as exportações europeias emperram. A acção fulminante da Reserva Federal, do Tesouro e do Congresso em Washington só foi possível por se tratar da hiperpotência financeira mundial. Que obriga a que o resto do mundo se ajuste à terapia de choque americana...

A questão é saber o que fazer depois da crise. É que a "ganância" de Wall Street, que hoje todos verberam, expõe as fragilidades do funcionamento dos mercados à rédea solta. A realidade está a mostrar que a economia desregulada tem riscos muito caros. E o silêncio dos quadrantes mais à direita do espectro político nacional sobre esta crise significa apenas que o que o país tem é sobretudo um centrão muito lato.
...
in DN

E eu acrescento, significa é que os fanfarrões neo-liberais portugueses são DESONESTOS nas suas análises politico-económicas, e agora estão calados que nem ratos...!
Nem mais...

Exemplo...

Caso. Isabel Soares, chefe de gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, tem uma casa atribuída pela autarquia há 18 anos. A ex-presidente da Gebalis, empresa municipal que gere a habitação social de Lisboa, já não vive na casa onde está agora o seu filho.

in DN

segunda-feira, setembro 22, 2008

O Nosso "Magalhães"

Alegrem-se! Ponham os olhos no computador português, o ‘Magalhães’, mais leve do que um quilo de arroz, mais pequeno do que um bloco de apontamentos, cai por terra e continua a trabalhar.
Só o presidente Chávez encomendou 500 mil ‘Magalhães’. E, perante as câmaras da televisão venezuelana, atirou com um computador-tuga ao chão, proclamando: "Este ‘Magalhães’ até aguenta bombardeamentos!"
Isto enche-nos de orgulho.


LP in CM da manhã de hoje - excerto

Uma boa notícia...finalmente!

Vindimas 2008

Menos vinho mas de melhor qualidade

Este ano houve uma redução de 20% na produção de vinho, mas o Governo garante que essa descida é compensada pelo aumento da qualidade dos vinhos portugueses. O Executivo quer apostar na promoção de vinhos de alta qualidade no estrangeiro, mas o sector reivindica a criação de uma "marca Portugal".

in CM

"As mulheres não são modernas, querem casar"

Entrevista. Surpreendida com a "enorme quantidade" de mulheres a sofrer por amor, a psicanalista Mariela Michelena estudou o drama das 'mulheres mal-amadas', num livro que dá pistas para fugir a relações destrutivas, mesmo quando existe amor

Porque decidiu escrever um livro sobre "mulheres mal-amadas"? É tema central no seu consultório de psicanalista?

Descobri que muitas das mulheres que vinham à minha consulta, de diferentes idades, trajectos e níveis sociais tinham um traço comum: todas sofriam por amor. Ou porque o seu homem as deixou ou porque estão submersas numa relação que lhes causava muito sofrimento. Há uma enorme quantidade de mulheres em sofrimento por amor.

Sofrer por amor é uma condição humana ou particularmente feminina? Também há homens mal-amados, não?

Também há homem mal-amados, mas normalmente esses são os que se posicionam mais no pólo feminino, passivo. E até têm um sofrimento mais solitário, porque enquanto nós temos as amigas, para eles é muito humilhante e difícil falar dos males de amor. Mas é essencialmente uma condição feminina, talvez até pela sua natureza. Por causa da maternidade, as mulheres estão preparadas para esquecer-se de si e fazer sacrifícios por outro. Mas uma coisa é sacrificar-se por um bebé, indefeso, outra é sacrificar-se por um homem de 40 anos. O problema é quando as mulheres se confundem e começam a tratá-los como um bebé. Quando gostam de um homem, às vezes querem mimá-lo como a um bebé. Tudo bem se for recíproco, mas quase nunca é...

A mulher que se sacrifica e anula por um homem, aceitando tudo, não está a colocar-se a jeito para ser mal-amada?

Creio que sim. Às vezes as mulheres favorecem essas situações. Porque talvez esse mesmo homem com outra mulher que não aguente tanta coisa, que não perdoe tanto, se comporte de outra maneira, melhor. E há quem pense que se nunca os enfrentarmos e se tudo lhes perdoarmos, eles vão gostar mais de nós. Mas não é assim. Por isso é importante estar atento logo no início, quando deixamos passar coisas importantes.

Que sinais a reter no início da relação?

Temos de nos sentir confortáveis, sentir que há reciprocidade, que o outro faz coisas para nos fazer sentir bem e não está só interessado em receber. Por outro lado, tem de haver respeito, pela pessoa que somos, as nossas opiniões, a nossa vida, trabalho, horários. Há coisas básicas que não se devem deixar passar. Por exemplo, se ao início de uma relação há uma infidelidade, isso é um sinal de alerta. Ou se duas semanas depois de um início muito romântico o outro não liga.

Não só as mulheres malsucedidas do ponto de vista físico, social ou económico são susceptíveis de cair nas armadilhas do mau amor, como diz no livro. Também acontece com as bem-sucedidas, o que nos leva a concluir que o mal não depende da condição socioeconómica...

Há muitas mulheres que hoje em dia ganham mais que os seus homens e, no entanto, a sua situação afectiva continua a ser a mesma do século XVIII, quando comparada com o homem. Há algo na condição feminina que faz com que a pergunta fundamental seja : "Tu amas-me?"

Porque sofrem tanto por amor?

O centro da vida da mulher é a relação afectiva; já nos homens, o mais importante é o seu desempenho laboral, mostrar o seu triunfo no mundo. Também há uma certa cultura de sofrimento, uma certa idealização do sofrimento, parece que quanto mais se sofre mais se ama. O sofrimento de um não é um crédito sobre o outro, nem um dom. Não tem de ser assim. E depois conheço situações em que, às vezes, eles até são honestos e dizem que não querem compromissos, mas a mulher faz de conta que não ouve. E, sobretudo nas mais jovens, até parece que há vergonha em assumir que se quer um compromisso. A questão é que, ao contrário do homem, a mulher não é moderna, é clássica , e quer compromisso, quer família. O homem sempre foi moderno. O casamento inventou-se para o agarrar.

in DN

PS -não tenho nada contra o facto de a mulher querer casar. Isso representa estabilidade, tão necessária ao desenvolvimento individual, e representa filhos, também tão necessários para não deixar morrer de velhice esta sociedade ocidental.
Para mim casamento ou união de facto "assumida" funcionam da mesma maneira!
Se ser moderno é querer andar na boa-vai-ela, hoje com uma, amanhã com outra, sem nunca assumir responsabilidades e sem procurar estabilidade, NÃO CONCORDO!
Como homem acho que todos nós desejamos estabilidade emocional, sexual, física, social e económica.
Tudo o resto é "paleio", claro que há quem goste de dar uma "facadinha", mas mantendo a sua estabilidade familiar.
O que acontece é que os jovens tornam-se economicamente e emocionalmente independentes mais tarde, do que nas gerações anteriores.
Quem é mais poligâmico o homem ou a mulher? Vejam a antropologia...
Um amigo meu, personalidade pública deste país, que já vai na 4ª mulher, um dia em minha casa, disse-me: vocês têm sorte, nem sabem a instabilidade e o sofrimento que é não encontrar uma mulher com quem nos sintamos bem para toda a vida.

E o casamento não se fez para agarrar o homem, esse sempre foi o aspecto menos relevante, esta autora nunca leu nada de antropologia ou de história, ou se leu fez tábua rasa!

Claro que não discuto que o homem e a mulher têm formas diferentes de "abordar", sentir e viver o amor!
Isso é outra questão!