segunda-feira, novembro 29, 2010
domingo, novembro 28, 2010
Não gosto d@s invejos@s
No mundo a mais fatal e a mais medonha,
Pois faz dos bens dos outros a peçonha
Com que a si mesma se envenena e peja.
Com ira e com furor, raivosa, arqueja,
Com vinganças, traições, com ódios sonha.
Tragar as ditas dos mortais deseja.
Mãe dos males fatais à Sociedade,
Vidas, honras destrói, cismas fomenta,
Nutrindo n'alma as serpes da Maldade.
Vive afogada em ondas de ansiedade,
Da frenética raiva se alimenta.
Francisco Joaquim Bingre, in 'Sonetos'
sábado, novembro 27, 2010
sexta-feira, novembro 26, 2010
quinta-feira, novembro 25, 2010
Para quem não gosta de andar de avião ....
Como é possível ?
Continuo a não falar de política nacional, dos "nossos" políticos, e de suas excelências da magistratura e dos jornais...
Mas quem são estes senhores?
São algumas dúzias de capitalistas financeiros, especuladores, que têm o cacau em off-shores, e se reunem regularmente na estância de Davos, na Suiça.
Estes senhores é que são o Poder, não são o Obama, nem a Merckel.
Mas se os políticos quisessem realmente, se não fossem "mainatos" daqueles, acabavam com a mama!
E ganhavam todos os povos!
quarta-feira, novembro 24, 2010
Não vou falar de política...
No entanto, não resisto a mostrar uma excelente foto minha, e da maioria do povo português.
É que, falando de bichos, andam por aí uns tubarões ...
Plástico regressa ao petróleo de onde veio ..
By MC
terça-feira, novembro 23, 2010
Eu também andei por outros lados ....
São salgados ou doces ?
São o ex-libris de que cidade ?
Como se chamam ?
Meia dúzia deles para o 1º a acertar
Nota : Acabou o enigma . Resposta certa - Tere . Ganhou , parabéns .
Doces e História!
No fim de semana passado fui à Mostra de doces conventuais em Alcobaça.
Fiquei espantado pela qualidade e variedade.
Se puderem, quando por lá passarem, visitem a Pastelaria Alcoa, mesmo em frente do Mosteiro, onde poderão provar os primeiros prémios dos últimos anos.
Não aconselho nenhum, são todos de comer e chorar por mais.
Nunca vi, nas minhas andanças pelo mundo, de Los Angeles a Berlim, passando pelo Rio de Janeiro e Viena, repito, nunca vi uma pastelaria com doces com tamanha qualidade e tanta variedade.
Claro que aproveitei para visitar, demoradamente, o Mosteiro de Alcobaça e o da Batalha, duas jóias portuguesas que são património mundial.
Vejam:
segunda-feira, novembro 22, 2010
Nevoeiro
É que o fim de semana alargado tinha sido trágico, - noutro poste, hoje ou amanhã, conto -, por isso tenho de abater umas gramas...!
Abri a janela e o sol era radioso, ainda baixo, claro.
Temos passeio soalheiro, disse para mim.
Depois do habitual pequeno almoço, equipei-me para o passeio: ténis apropriados, polar e gorro enfiado, a tapar as orelhas.
Surpresa, cá fora, no quintal, comecei a ver uns fiapos de nevoeiro que vinham do Tejo.
E não é que o safado, veio, progressivamente, a cobrir toda a aldeia.
Eram 8.30 da manhã!
O passeio foi "enevoado"!
Vejam as fotos tiradas de 2 em 2 minutos!
Reconstrução de Lisboa a 1755 ...
domingo, novembro 21, 2010
Nesta tarde cinzenta e chuvosa ...
sábado, novembro 20, 2010
EXPLICAÇÃO DA MÚSICA sobre VAN GOGH
quinta-feira, novembro 18, 2010
Quando Está Frio no Tempo do Frio
Porque para o meu ser adequado à existência das cousas
O natural é o agradável só por ser natural.
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno —
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no fato de aceitar —
No fato sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.
Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.
Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência,
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
quarta-feira, novembro 17, 2010
Nós ...
O barco vai de saída
O barco vai de saída
Adeus ao cais de Alfama
Se agora ou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P'ra lá da loucura
P'ra lá do Equador
Ah mas que ingrata ventura
Bem me posso queixar
da Pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra-mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida
Sem contar essa história escondida
Por servir de criado essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa
Gingão de roda batida
corsário sem cruzado
ao som do baile mandado
em terra de pimenta e maravilha
com sonhos de prata e fantasia
com sonhos da cor do arco-íris
desvaira se os vires
desvairas magias
Já tenho a vela enfunada
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias
Vou no espantoso trono das águas
vou no tremendo assopro dos ventos
vou por cima dos meus pensamentos
arrepia
arrepia
e arrepia sim senhor
que vida boa era a de Lisboa
O mar das águas ardendo
o delírio do céu
a fúria do barlavento
arreia a vela e vai marujo ao leme
vira o barco e cai marujo ao mar
vira o barco na curva da morte
e olha a minha sorte
e olha o meu azar
e depois do barco virado
grandes urros e gritos
na salvação dos aflitos
estala, mata, agarra, ai quem me ajuda
reza, implora, escapa, ai que pagode
rezam tremem heróis e eunucos
são mouros são turcos
são mouros acode!
Aquilo é uma tempestade medonha
aquilo vai p'ra lá do que é eterno
aquilo era o retrato do inferno
vai ao fundo
vai ao fundo
e vai ao fundo sim senhor
que vida boa era a de Lisboa
Fausto
terça-feira, novembro 16, 2010
Namoro!
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
e com letra bonita eu disse ela tinha
um sorrir luminoso tão quente e gaiato
como o sol de Novembro brincando de artista
nas acácias floridas espalhando diamantes
na fímbria do mar
e dando calor ao sumo das mangas
Sua pele macia era sumaúma
Sua pele macia, da cor do jambo,
cheirando a rosas sua pele macia
guardava as doçuras do corpo rijo
tão rijo e tão doce como o maboque
Seus seios, laranjas laranjas do Loje
seus dentes marfim
Mandei-lhe essa carta
e ela disse que não.
Mandei-lhe um cartão
que o amigo Maninho tipografou:
Por ti sofre o meu coração
Num canto SIM,
noutro canto NÃO
E ela o canto do NÃO dobrou
Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
pedindo, rogando de joelhos no chão
pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigénia,
me desse a ventura do seu namoro
E ela disse que não.
Levei à Avó Chica, quimbanda de fama
à areia da marca que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço forte e seguro
que nela nascesse um amor como o meu
E o feitiço falhou.
Esperei-a de tarde, à porta da fabrica,
ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
paguei-lhe doces na calçada da Missão,
ficamos num banco do largo da Estátua,
afaguei-lhe as mãos
falei-lhe de amor
e ela disse que não.
Andei barbudo, sujo e descalço,
como um monangamba.
Procuraram por mim
-Não viu (ai não viu?) não viu Benjamim?
E perdido me deram no morro da Samba.
Para me distrair
levaram-me ao baile do Sô Januario
mas ela lá estava num canto a rir
contando o meu caso
às moças mais lindas do Bairro Operário.
Tocaram uma rumba dancei com ela
e num passo maluco voámos na sala
qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou: Aí Benjamim!
Olhei-a nos olhos sorriu para mim
pedi-lhe um beijo e ela disse que sim.
Viriato da Cruz
Black Bloc
Ressaca ....
segunda-feira, novembro 15, 2010
Feijocas ...
Aqui, acabado de cozer |
Pois é , quando fui a Bragança na altura dos finados , fui de propósito a Vinhais comprar todos os elementos necessários a uma boa feijoada para 12 pessoas ( cabeça do porco com tudo , pés , rabos , chouriças , salpicões e presunto ) pois os meus amigos daqui pelam-se por isso , e a combinação com as feijocas fica perfeita .
domingo, novembro 14, 2010
Música para hoje ...
Com sua banda de apoio The Shadows, ele dominou o cenário musical popular britânico no final dos anos 50 e começo dos 60, antes do surgimento dos Beatles.
sábado, novembro 13, 2010
A morte anunciada da linha do Tua ....
Numa descida Tua/Mirandela em 2002 , integrado no Grupo de Bombos de MIrandela . Ao fundo ( X) a tasca a que se refere o DO no seu comentário. |
sexta-feira, novembro 12, 2010
Como nós somos...
Destes, os mais evidentes, são a maledicência, o sentimento de inferioridade e a descrença.
Por isso, trata de malhar!
E malhar em quem?
Geralmente no funcionário público, seja ele qual for.
Vem a isto a propósito de uma experiência que tive ontem e que deve ser contada.
Precisei de uma cópia de uma escritura feita em 1977.
Fui ao cartório pensando que seria impossível ultrapassar esta barreira burocrática.
Cerca de 20 minutos depois, estava na rua com a copia da escritura certificada e com outra cópia de uma outra escritura com mais de 20 anos, que resolvi, à última hora, pedir.
E tudo isto com um sorriso permanente da funcionária que me atendeu.
Não venham falar mal dos funcionários públicos e dos serviços públicos.
Vão chafurdar para outro lado!
Pessoas incríveis .... ver para crer
À atenção da UM ...
quinta-feira, novembro 11, 2010
Dia de S: Martinho
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.
quarta-feira, novembro 10, 2010
A fasquia dos 7% ....
Neste momento, a Europa obrigar-nos-ia a sermos europeus, mesmo que não quiséssemos. E queremos.