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quarta-feira, novembro 10, 2010

A fasquia dos 7% ....

 A dívida do país é excessiva e os juros que nos pedem para continuar a emprestar já vão nos 7%. Estavam nos 4% no início do ano e muito mais próximos, então, dos da Alemanha; as exportações sobem mais de 15% este ano e no meio deste ambiente parece que vamos gastar mais dinheiro no Natal que os belgas, ou os holandeses, ou os alemães, porque amanhã o dia há-de nascer também.

Portugal tem hoje um problema com os mercados, que desconfiam de nós e nos levam juros altíssimos, mas são esses mercados que nos emprestam o dinheiro para irmos vivendo. Só que quando se atingem juros de 7% em euros, moeda europeia, como se atingiu brevemente durante o dia de ontem, o problema é quase tanto nosso como da União Europeia. Como se viu na Grécia em Maio, em que foi preciso encontrar à pressa o dinheiro e o modo de salvar a economia grega. E o euro. E assim salvar a Europa.

A Europa corre o risco de ser um museu porque o mundo avançou muito de um lado em que os interesses económicos andaram muito mais depressa do que os interesses políticos. O pão antes dos direitos, claro. 

O Portugal dos excessos não é diferente da Europa dos excessos - há aí muitos exemplos para mostrarmos, da Irlanda à Espanha e ao Reino Unido, todos de tesoura em punho e a fazer marcha atrás acelerada no endividamento. Somos, de facto, todos muito parecidos e por isso é que estamos numa união económica e monetária. 

A Europa, assim, ainda precisa de Portugal. E a nossa crise resolver-se-á num quadro europeu, a mal ou a bem.

Neste momento, a Europa obrigar-nos-ia a sermos europeus, mesmo que não quiséssemos. E queremos. 

Extractos dum artigo no I de hoje , os sublinhados são meus

Venha o FMI ou o PSD(hé,hé,hé...) digo eu

6 comentários:

Anónimo disse...

HB, é o Governo que tem de repor a credibilidade do pais no estrangeiro e nos mercados internacionais e de tirar o país do atoleiro em que o deixaram cair. Claro que será necessária a colaboração de todas as forças políticas e dos portugueses

SA

Anónimo disse...

Para grandes males grandes remédios...se precisamos de quem nos meta nos eixos, já que por nós não somos capazes, que venha quem nos meta na ordem. Quanto mais cedo, menos gravoso será e isto a bem dos nosso netos (dos que os têm, claro!).
Auguri

Rosa dos Ventos disse...

Se calhar vêm os dois! :-((

Anónimo disse...

Mas afinal quem tem medo do FMI??
Quanto mais depressa melhor.
gb

mc disse...

O que acho curioso, é que em declarações recentes dum ex-presidente do FMI e da simpática senhora que foi a testa de ferro da instituição em Portugal nos anos oitenta, ambos foram de opinião que nada justifica uma entrada cá agora! Cada cabeça,sua sentença.

Anónimo disse...

Concordo com o MC.
Parece-me que nenhum governo consegue credibilizar-se externamente se o Parlamento dá a imagem que tem dado na discussão do orçamento. Penso que teremos de saber poupar nas palavras e nos gastos,a todos oa níveis. A nossa Europa precisa de dirigentes de alta qualidade!... Que saudades de Jacques Delors e outros iguais. UM