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| Numa descida Tua/Mirandela em 2002 , integrado no Grupo de Bombos de MIrandela . Ao fundo ( X) a tasca a que se refere o DO no seu comentário. |
A Linha do Tua não tem interesse relevante dos pontos de vista arqueológico, arquitectónico, artístico, etnográfico, científico e técnico e industrial que justifiquem a sua classificação, conclui o parecer da Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.
A centenária linha férrea será parcialmente submersa, numa extensão total de 16 quilómetros, por uma barragem hidroeléctrica que a EDP pretende construir na foz do Tua. Mas desde que sejam cumpridas as medidas de minimização, os impactes a nível do património arqueológico “não são impeditivos da construção do empreendimento”, conclui o parecer no qual se baseou o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.
“As estações têm um valor arquitectónico reduzido” e, do ponto de vista artístico, a linha “não representa qualquer valor singular digno de referência”. Relativamente ao interesse etnográfico, o parecer declara que não justifica uma classificação, “podendo o património imaterial ser preservado em núcleo museológico específico”.
O interesse técnico e industrial da linha férrea também não tem “um valor singular que implique a sua preservação material”, dado que, apesar de ter sido uma obra “muito difícil, dado o declive extremamente elevado das encostas rochosas”, os métodos utilizados não foram “diferentes dos normais para a época”.
Fonte: Público
Realizei por aquela via muitas viagens , gostava que fosse preservada, pois para mim tem muito valor afectivo.
8 comentários:
Fiz esta viagem (Tua-Mirandela) durante 8 (oito) anos lectivos.
Para mim é uma perda.
Lá se vão umas tantas memórias afectivas.
Lembro-me de numas férias de Natal, quando vinha de Lisboa, ficar na Estação do Tua à espera da automotora que chegava de Bragança e regressava, depois de ter ido à tasca em frente, meter um copo de tinto e uma posta de bacalhau frito, ler, com os amigos companheiros de viagem, O canto e as Armas, que tinha acabado de ser publicada e tinha comprado na antiga livraria Barata.
Claro que a leitura era, conjunta, em voz alta e em andamento, com batimento dos pés, por causa do frio!!!
Tenho pena se terminar porque gostaria de fazer uma viagem nessa linha.
Tanto tenho adiado...
H.B.,Já podias ter dito que és um instrumentista musical!!! E que bem que ficate, mais uma vez, na foto.
Abraços
Fbbc
Papagaios de repetição da Gaby e dos seus boys do IGESPAR.
Franca colheita essa, prefiro a de 68!
Gostos não se discutem . Quanto aos papagaios não percebi bem , mas sempre é melhor que parecer mocho ....
Parecer mocho...ou mono...
M.A.A.
Julgo que a causa que está na base para o seu encerramento talvez o justifique, nos tempos que correm.
Já Foz Coa perdeu uma barragem porque as "gravuras pré -históricas não sabiam nadar", nem podiam ser mudadas para uma cota superior.
Linhas férreas como a do Tua há mais. Logo ali ao lado , temos a do Corgo, que em termos paisagísticos não fica nada atrás e, assim, os mais saudosos poderão matar, até certo ponto, saudades.
Vivemos, sem dúvida, um período de descontrução do existente ,em que tudo é visto sob o prisma da relatividade comparativista e nada é assumido no seu particularismo próprio.É claro que a natureza tinha já sido alterada para a construção da linha do comboio, mas não tinha sido estragada , anulada pela própria obra,o que não se irá repetir se e quando o rio for aviltado pela construção de mais uma barragem.Lembram-se dos nomes dos afluentes do Douro na margem direita? Vai tudo corrido a barragem para produção de energia eléctrica- uma acabrunhante falta de imaginação dos programadores e/ou um desprezo amesquinhador pelas gentes das cavernas por parte dos decisores encartados.Não venham com o argumento da água para a agricultura, que a há a rodos no Pocinho-outra barragem- e nunca se serviram dela.À antiga designação de Portugal e Algarve há que acrescentar,agora, e E D P . Miséria.
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