O Público admite hoje em primeira página que fez várias vezes asneira. Todos sabemos que ninguém é perfeito, mas nem todos admitimos frontalmente que cometemos erros. Só por isso o Público já merece os parabéns. Por isso e por ter um livro de estilo, um provedor com um certo peso (não totalmente imparcial como já aqui referimos, mas ele existe), uma secção "o Público errou", etc.
O que é feito hoje é, contudo, um atirar de areia um pouco hipócrita para os olhos dos leitores. São referidos vários exemplos de erros, desde trocar o modelo de um automóvel e nomes de pessoas a frases sem sentido como "barcos sobrevoaram", "gentlemans" e "Atentado suicida não provoca mortos". Mas descontando a notícia de uma vitória num referendo que não existiu, nenhum outro exemplo do "Inventário das gralhas e disparates" (expresão do própria capa), se aproxima minimamente dos mais de 90 posts onde referimos o Público. É ter um homicida a reconhecer a sua má conduta, pedindo desculpa por não ter pago o café.
E aqui entramos nós, por considerarmos que este mea culpa de hoje é também ele um disparate, por destacar disparates irrelevantes esquecendo os graves. Aqui fica um Topzinho feito à pressa.
Mentira, e da grossa, por parte do Público
2% não me diz nada, agora 2.3%... ui, isso já é outra conversa
A velha confusão de sempre... propositada?
Aldrabice e desonestidade estão a agravar-se no Público
"Escreve aí que somos os piores, que ninguém liga"
Reconhecido que o Jornal Público penaliza a verdade
Não tenho dinheiro para comprar casa... porque já tenho uma
Guia secreto do Público: como aldrabar nos números e parecer que se é rigoroso
E eu também nunca menti na minha vida, exceptuando isto que acabei de escrever...
99,9% dos portugeses acreditam que um dia vão morrer
Um belo passeio à rua sem sair de casa
Tantos erros na capa, imagine-se o que vai lá por dentro
Toca a aldrabar que ninguém verifica
1 comentário:
O mea culpa de ontem foi feito por ocasião do 19º aniversário do jornal. Tem a importância que tem. Mas não deixa de ser original. António Lobo Antunes foi o director nesse dia e escreveu o editorial.Que descontrói a auto-importância megalómana que se atribui o director de verdade!
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