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quarta-feira, dezembro 09, 2009

No meio do lodaçal, resta-nos a beleza da poesia...


O Silêncio

Quando a ternura

parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,

inda demora,


quando azuis irrompem

os teus olhos

e procuram
nos meus
navegação segura,


é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade,
in "Obscuro Domínio"

2 comentários:

Anónimo disse...

Sem duvida, a beleza da poesia...
C.

mc disse...

-olhar aquoso da tristeza que a negra esquadria lhe impõe-