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quinta-feira, julho 28, 2011

Imaginação ....precisa-se

De certeza absoluta que não era eu quem esperava que este governo tivesse qualquer laivo de imaginação para poder alterar  o rumo das medidas diferentes do anterior, na perspectivava de poder minorar a situação do povo .
 Assim o governo na sua "pródiga imaginação" não  corta a direito nas despesas do Estado, o que se faz é criar mais impostos. Assim qualquer um pode ocupar a pasta das Finanças. Agora temos o imposto extraordinário, que nos vai entrar pela chaminé como prenda no Natal. 
Tremendamente actual é o diálogo entre Colbert, ministro de Estado e da Economia do rei Luiz XIV, e o cardeal Mazarino, estadista italiano que foi primeiro-ministro em França. Não resisto, por isso, a transcrever esse diálogo extraído da peça ‘Le Diable Rouge’ de Antoine Rault:
"Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável".
Sabem quem é essa gente? É a classe média, aquela que está aos poucos a ser destruída, sem poder de compra. Nunca se esqueçam, porém, que é a classe média que serve de tampão no fosso entre ricos e pobres e é a mola amortecedora das desigualdades. 
Precisamos de imaginação e de mudança de conceitos. A qualidade da vida das pessoas deve ser a grande preocupação de toda a acção política.
Texto adaptado a um artigo de hoje no CM

1 comentário:

mc disse...

Temos,assim, um governo de Mazarinos.