Zeca Afonso imortalizou tal frase, nos tempos da "outra senhora", numa das suas inolvidáveis baladas...
Porque será que hoje, quarenta anos volvidos, numa democracia aparentemente madura, uma alta figura do Estado, nada mais nada menos, que o Provedor de Justiça, eleito pela Assembleia da República, profere-a com toda a convicção, numa das revistas de maior tiragem do espectro mediático nacional.
Estará louco?
A "voz do dono", do Grande Líder, veio de imediato a terreiro, lamentar o sucedido e acusar a figura em questão, de lançar gazolina na fogueira e de outras conjecturas circunstanciais.
Toda a gente sabe o que se passa. Não vale a pena chover no molhado.
Ainda ontem o Grande Líder na interpelação Parlamentar ( Sessão de Propaganda) disse o que faria. Então que faça!
E deixe o Dr. Nascimento Rodrigues ir tratar dos netos, pois já cumpriu a sua obrigação. Oito meses são tempo, mais que suficiente, para que em democracia os políticos se entendam, com pré-acordos estabelecidos, a não ser que possuam desvios "vampirescos"... o que parece estar a acontecer com a gente que nos (des) governa.
3 comentários:
Tenho uma pena do Senhor Dr. Nascimento Rodrigues!
Foi reeleito por mais 4 anos porque quis, provavelmente para compor a reforma.
Agora queixa-se.
E porque não se entendem os dois partidos para eleger novo Provedor?
Será porque desde 1990 o Provedor é sempre do PSD e o acordo de cavalheiros acordado entre eles (PS e PSD), de alternarem a proposta de nome, não ser cumprida e o PSD exigir, outra vez, um laranja na Provedoria?
Para mim tanto faz, pois o Provedor de Justiça, na cultura social e política portuguesa, tem pouca relevância.
Infelizmente.
Curioso!
Estás tão piedoso , ou será piadoso ...
Nem que estivesse carregadinho de razão ou razões, o sr Provedor de Justiça, enquanto tal, não usa nunca linguagem de baladeiro revolucionario do tempo do Estado Novo! Há que distinguir as situações. Até porque creio que o DO referiu o essencial do que se passa.Ou há mais na manga e quer-se acabar com essa instituição da democracia?
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