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terça-feira, março 03, 2009

Metia tanto respeito...


Ontem e hoje, Nino Vieira são duas palavras que estão presentes em todos os noticiários do mundo.
Há 42 anos, por esta altura, acabado de chegar à Guiné e a Mejo, ouvi falar pela primeira vez em Nino.
Onde? E, em que circunstâncias?
Estava num pequeno aquartelamento de uma Companhia de Infantaria do Exército Português, que cumpria uma missão de quadrícula, no Sul da Guiné, nas imediações do famigerado "Corredor de Guileje".
Após um jantar mais que repetido, de esparguete com salsichas, o cabo cripto aproximou-se do capitão e entregou-lhe uma mensagem "relâmpago", acabadinha de chegar, do Comando do Batalhão. Após ler com toda atenção, o teor da mesma, levantou os olhos para os 4 alferes que tinha à sua frente e reproduziu : "Notícia B-2 refere Nino pronto atravessar fronteira esta noite e deslocar-se Cantanhês. Devem ser montadas emboscadas desde já ao longo Corredor locais julgados convenientes."
Como era um novato no meio daquela gente perguntei quem era o Nino.
Pouco demorou a ficar elucidado sobre a dita personagem!
No dia seguinte ao raiar do dia , mais elucidado fiquei, quando depois de ter caminhado a noite inteira para norte, em direcção ao Corredor, e estávamos emboscados a aguardar o Inimigo que vinha de Leste, fomos surpreendidos por rajadas de metralhadora e espingarda, que nos custou 2 feridos graves.
Deparámos certamente com franjas do dispositivo de deslocamento de Nino, pois não tivemos mais qualquer contacto. E ainda bem.
O respeito que ele metia...

1 comentário:

Anónimo disse...

Nesse tempo o Nino era o comandante
da zona sul (PAIGC).
Era ele que normalmente comamdava os ataques ao aquartelamento de
Madina do Boé e Beli.
Não era "pera" doce.
Abraço
BV.