A meruginha, ou morrinha como eles dizem, envolve todo o livro.
Tempos duros e de vingança, fruto da guerra civil, passados na Galiza raiana, perto do Gerês.
Padres a "varrer" feiras, com as suas mulheres e filhos, famílias desavindas, amores e desamores, violência e ternura.
E morrinha, sempre presente, a morrinha.
Para nós, naturais do Nordeste e que vivemos na aldeia, principalmente os de Montalegre, Chaves, Vinhais, e mesmo Bragança e Mirandela, este livro evoca, necessariamente, recordações de infância.
Uma obra prima.
Oferece, esta obra maior de um prémio Nobel, pelo Natal.
Para aguçar o apetite:
Chove mansamente e sem parar, chove sem vontade mas com uma infinita paciência, como toda a vida, chove sobre a terra que é da mesma cor que o céu, entre o verde suave e cinzento suave, e a linha do monte já há muito se apagou.
- Há muitas horas?
- Não; há muitos anos. A linha do monte apagou-se aquando da morte de Lázaro Codesal, consta que Nosso Senhor não quis que ninguém voltasse a vê-la.
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