Primeiro foi preciso limitar-lhes os mandatos. Agora vão ser impedidos de se candidatarem quando estiverem a contas com a justiça. O prestígio dos nossos autarcas anda pelas ruas da amargura. Já não têm o benefício da dúvida. Durante anos, o Poder Local foi apontado como uma das grandes conquistas da democracia, sinónimo de progresso e de política de proximidade. Desde há alguns anos passou a ser basicamente associado a casos de corrupção e de nepotismo.
Mas não deixa também de ser um sério sinal de falta de maturidade democrática: dos que ocupam cargos políticos, porque têm de ser forçados a cumprir regras éticas elementares; e dos eleitores, a quem é preciso impedir de cair na tentação de eleger condenados com obra feita.
Excertos do DN de hoje
1 comentário:
Todos os regimes democráticos prevêem mecanismos de limitação de mandatos.Mesmo no Japão governado desde o fim da II Guerra quase que apenas por um só partido dominante,agora na oposição, os mandatos do 1º-ministro tinham uma duração fixa .E, por excelentes que eles fossem, nunca foi alterada e sempre foi cumprida . Só assim a democracia não vira uma confederação de ditadores eleitos.
Em 35 anos fizeram-se más aprendizagens? Que ao 36º, que até é ano de revisão constitucional,se introduzam as reformas profundas e os melhoramentos adequados a um novo ciclo .
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