Pinto Monteiro fez muito bem em dizer o que disse sobre os "ilícitos criminais" cometidos em ambiente escolar. Não agradou aos teóricos da sociedade virtual, mas falou para as pessoas reais do país real. Essas compreendem a razão das palavras do procurador- -geral, e a sua importância.
As escolas públicas portuguesas - é evidente - precisam, em termos gerais (porque existem realidades diferenciadas), de um ambiente de maior respeito e autoridade.A agressividade dos tempos que vivemos formatou uma juventude mais irreverente e as escolas, sucumbindo a complexos vários e à pressão dos arautos dos temas fracturantes, nem sempre têm sabido preservar, nas últimas décadas, o espaço necessário para o professor.
Para o exercício da indispensável autoridade do professor. Para o respeito pelo professor.Não devemos ter medo das palavras. Uma escola, para funcionar bem, precisa de conselhos directivos coesos e empenhados, que tracem linhas de orientação justas mas que também não tenham medo de enfrentar os problemas - e muito menos que os escondam; de professores a quem se dê condições para exercerem uma acção pedagógica serena mas onde esteja presente a indispensável autoridade; e de pais que, como a mãe da aluna do Carolina Michaëlis, tenham lucidez e coragem para admitirem os erros dos filhos.
Nas escolas públicas sempre houve e continuará a haver problemas, mas é tempo de terminar com a hipocrisia. Os colégios particulares, cada vez mais procurados pelas famílias com posses, funcionam bem porque há disciplina. Desde logo, os pais não desculpam os filhos a quem vestem a farda - e as escolas, se desrespeitadas nos seus códigos, metem a criancinha à porta.
Ora a escola pública tem de seguir este paradigma. Só assim recuperará o antigo estatuto de local privilegiado para transmitir saberes e cultivar o respeito. E aqui temos uma bandeira que bem poderia unir os professores e o ministério.
Depois de anos de tentativas, um Governo está a conseguir conter o défice das contas públicas, instrumento fundamental para a nossa relação com a União Europeia e para a construção de um ambiente económico que possa induzir crescimento.
O jornalismo sério, cuja função deve ser questionar permanentemente o poder, todos os poderes, não pode ter complexos em reconhecer o bom trabalho desenvolvido nesta área específica da governação.
Os últimos anos foram especialmente duros para a sociedade nacional mas, por uma vez, o esforço está a produzir resultados.
Neste contexto, mesmo aqueles que estão rotinados na diabolização da figura do primeiro-ministro, e de tudo quanto gira à sua volta, bem poderiam fazer um intervalo para reconhecer que pelo menos Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças, merece a confiança do País. Não é pelo pontinho percentual do IVA que agora devolveu às nossas carteiras.
É por ser manifestamente um bom governante, um homem com qualidade técnica, pessoal e política.
João Marcelino DN de hoje
1 comentário:
De acordo com a 1ª parte do artigo
(tema-ensino) especialmente o 3º parágrafo!
Não me apetece falar da 2ª (jornalismo e politicas).
Bom fim-de-semana.
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