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terça-feira, julho 29, 2008

O dia dos Avós ...

Apesar de eu já ser avô de 4 netos e eles me terem ligado nesse dia a dar os parabéns , a verdade é que eu não me lembrei dos meus , também só conheci os avós paternos e o avô materno, com o qual tive poucas ligações . Lembrei-me hoje de homenagear a minha avó Maria, acho que ainda vou a tempo ,contando uma história a que eu assisti . Ela era uma Ousilhanense de 4 costados , rija como o aço e muito trabalhadora . A minha família em Vinhais tinha uma terra chamada "Mourão" ali para os lados do cemitério e ela ía lá todos os dias no seu burrito a regá-la. Costumava levar o burro pela arreata na descida da rua de baixo e ao fundo havia um muro no lado esquerdo que era baixinho . A minha avó estacionava o burro a jeito de o montar , virava as costas e sentava-se, só que este , que não era nada burro arredou-se um bocado e catrapuz , a minha avó malhou no chão . Tinha eu uns 8 anos , ri-me muito , ainda hoje me rio , a minha avó é que não ficou nada contente e queria arrear-me , mas eu fugi ...
GB e JT : lembrais-vos da minha avó ?

6 comentários:

Anónimo disse...

Rir da queda da avó...malandrice!

Anónimo disse...

As nossas Avós foram raparigas do mesmo tempo,na mesma aldeia, brincaram juntas; se eram rijas! E trabalhadoras ?! Nós mal lhe chegamos aos calcanhares... A minha Avó , com 30 anos, no dia 21 de Dezembro de 1924, veio no seu " todo terreno" (macho) à feira a Bragança e pela hora de jantar teve o seu 4º filho...Que saudades eu tenho da minha Avó paterna. M.A.A.

Anónimo disse...

HB, não fui precisa...a minha Avó teve o 5º filho ... o 4º tinha nascido dia 5 de Fevereiro de 1924...M.A.A.

H.B. disse...

Boa M.A.A. , só quando falo na nossa terra é que apareces , mas gosto sempre . Um abração para vós

Rosa dos Ventos disse...

Tenho muito boas recordações dos meus avós, conheci-os todos.
A minha avó materna foi a 1ª a partir, era eu adolescente.
Estava grávida do meu filho mais novo, quando morreu a minha avó paterna e já eram crescidinhos os dois filhos quando morreu o meu avô materno e 8 dias depois o paterno.
Mas paremos com as mortes.
Os meus avós maternos eram do planalto de Santo António, terra agreste de olivais e pastagens, aí passava eu grande parte das férias grandes que eram verdadeiramente grandes, tendo mais dois primos e uma prima do mesmo ano e uma dois anos mais nova para brincar de manhã à noite.
Os meus avós paternos viviam na minha rua, como aliás quase toda a família.
O meu avô paterno era um homem muito rígido,republicano de quatro costados, bastante culto, mas pouco afectuoso, esse carácter era contrabalançado pela minha avó Palmira, mãe de nove filhos, que nunca vi irritada, que nunca me ralhou, nem a ninguém creio eu.
Era ela que nos longos serões de Inverno nos contava à lareira histórias de bruxas e de lobisomens que me deixavam encantada e amedrontada ao mesmo tempo.
Ia para casa agarrada à minha irmã, quatro anos mais velha.
Tinha sempre um mimo para nos dar, nozes, figos, uvas, maçãs, peras.
Enquanto pôde, cozia pão e fazia para cada neto, dos mais novos, um espécie de merendeira com rodelinhas de chouriço ou carne de porco lá dentro, chamávamos-lhe "ratinhos".
Dia de cozedura era dia de casa cheia de netos.
Resumindo, posso dizer que a minha avó paterna e o meu avô materno foram aqueles que mais marcaram o meu carácter.
Peço desculpa por me ter alongado tanto a falar de gente que não conheceis...
É que não posso falar da sensação de ser avó...

Abraço

IFFT disse...

Não me apercebi, mìnimamente,do dia do avô, talvez porque as leis do "marchandising" ainda não lhe encontraram razão suficiente para o explorarem.
Sou avô, de apenas uma menina e espero que ela venha a ter irmãos ou primos, para não se tornar demasiado egoista e razão de preocupação permanente para os pais.
Quanto aos meus avós, pouca ligação tive com eles.Apenas nas férias grandes, passava uns dias
em Argosêlo, na altura das Festas e com eles contactava. Apenas na Juventude. Entretando faleceram.
No entanto, lembro-me do meu avÔ paterno, conhecido na aldeia como o
"Tio Pirico",sempre com uma pirisca no canto da boca, amigo de toda a gente, sempre pronto para fazer um favor, orgulhoso dos seus filhos e netos, que tratava por "meu espelho" e disponivel para ir à vinha buscar umas uvas, montado num burrico. Era casado em segundas núpcias e tinha 7 filhos.
A segunda mulher era madrasta do meu pai e tratada como avó, mas apesar de amiga, não era figura marcante.
Do lado da minha mãe,conheci apenas a minha avó Joana, de seu nome. Mãe viúva de 7 filhos, desde os 40 anos, vivia com uma das filhas. O meu avô, industrial peliqueiro dos anos 40, tinha para a aldeia uma certa dimensão de negócios e o seu falecimento inopinado, arrastou a família para problemas de toda a ordem complica-dos.
Tal situação fez da minha avó um ser amargurado, triste e agreste.
A imagem que dela tenho é de uma velhinha tapada com um xaile preto,com a cara vincada de rugas,
manifestando alguma satisfação e alegria quando via o seu neto
Fernando.