a vagarosa ondulação dos montes.
Não se pode que fossem contigo,
tu só levaste esse modo
infantil de saltar o muro,
de levar à boca
um punhado de cerejas pretas,
de esconder o sorriso no bolso
certa maneira de assobiar às rolas
ou então pedir um copo de água,
e dormir em novelo,
como só os gatos dormem.
Tudo isso eras tu, sujo de amoras
Eugénio de Andrade
1 comentário:
De amoras, de chocolate,de gelado de morango, de lama, da corrente da bicicleta que saltou do sítio, de tudo o que de facto não suja!
Abraço e bom domingo
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