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sexta-feira, setembro 25, 2009

Quem?

O Presidente da República dialoga connosco através do Público, Correio da Manhã, Sol, Expresso e alguns comentadores de televisão. Nesta semana, o esforço foi o de abandonar a tese das escutas e apostar tudo na da vigilância. Porquê? Porque as escutas de Agosto berraram, era um enorme berbicacho estar a plantar microfones falsos em Belém, mas já com as vigilâncias é uma maravilha, não tem como falhar: qualquer camurço que vá comprar pastéis de Belém é um potencial vigilante do Palácio. E então se calhar sentar-se numa mesa para onde não foi convidado, temos a ala maçónica do SIS no apertar do cerco.

Marcelo arrisca o futuro político para salvar Cavaco. É porque o assunto é sério e nada delicado. À medida que os sinais contraditórios e caóticos se acumulam, Cavaco vê crescer a probabilidade da sua demissão ou destituição. A única saída é aquela que Marcelo está a negociar, a qual passa por restringir o caso a uma suspeita de estrambólica vigilância que não teria tido conivência, sequer conhecimento, do Presidente. Eis o que quer dizer puxão de orelhas, como explica hoje o Sol: Lima não foi demitido, foi castigado. Se tivesse sido demitido, algo de grave se teria passado. Mas assim, ficando pelo responso, não se passa nada. Foi apenas uma facécia, uma irreverência estival e estouvada de assessor com demasiada cafeína no sistema. Parvoíces. Não se fala mais nisso, ok?

Conclusões. Por um lado, o vale tudo chegou à Presidência. Vamos votar com a campanha negra em alta a 24 horas da decisão. O que deixa ficar a suspeita se o vale tudo não terá tido lá origem. Por outro lado, Cavaco não nos respeita, nem respeita a Constituição. Até a segurança nacional se vê ameaçada, difamando-se os Serviços de Informação para obter ganhos políticos. Cada português que se defina perante as evidências. Entretanto, aquelas que eram umas eleições para a escolha de um novo Parlamento, são agora também as eleições para a defesa contra o mais insidioso ataque à democracia e ao Estado de direito de que há conhecimento em Portugal após o 25 de Abril. Vindo daquele que:

Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu acto de posse, “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.

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