Em continuação do meu último post sob o título " Razão dum Blogue", tenho-me questionado várias vezes porque é que ninguém da Colheita63(C63) teve qualquer papel relevante fora da sua profissão, na vida da sua cidade natal ou de residência , da sua região ou do seu País, ou seja , porque nunca foram escolhidos para Presidentes de Câmara ou para Deputados.
Mais de 90% frequentaram as Universidades e Academias Militares e a grande maioria , senão a totalidade , concluiu com êxito os seus cursos , foram todos profissionais excelentes.
Com cultura geral acima da média , viveram na ditadura , atravessaram o Maio de 68 , a guerra colonial , o 25 de Abril , o Gonçalvismo e por fim a Democracia. Aliado a isto tudo, uma honestidade geral incólume , amplamente testada e sempre com muito êxito. Que mais era preciso ?
Todos nós em geral e o País em particular tinha ficado muito mais rico e então porque sentistes o Não à v/participação ?
Eu que vos conheço , penso que será porque tendes além daquilo tudo atrás referido, a independência de pensamento que move montanhas e nunca se deixará amarrar....., mas foi pena .
7 comentários:
Grande reflexão filosófico-nostálgica!
Mas saberás tu se alguém foi convidado ou pressionado para ser candidato a Presidente de alguma Câmara ou a Deputado?
se cada um fizer séria e honestamente o que sabe já está a contribuir para o bem-estar comum1
Por mim, sinto que cumpri o que me era devido.
Cumpri e cumpro.
E viva o Benfica!
Tivemos um excelente,Presidente
da Câmara,(PSA) o Eng. José Luis
Gomes Pinheiro,da colheita anteriortalvez 62.Não é muita a distância.
E na parte militar os nossos colheiteiros exerceram funções de muita responsabilidade.E colheteiros alí por 64 ou 62,com
posto de Generais,caso de José Inácio Sousa e Ten.Gen. Cadavez.
O Isaías e o Victor que façam favor
de me corrigir.E nos outros ramos das FA.O SR. almirante Fuseta da Ponte é natural de terras de Vinhais mas não sei se estudou no nosso Liceu .Tu Helder é que podes dar uma ajuda.
Mas possivelmente haverá mais.
Bartolomeu
Reflexão curiosa.
A minha explicação para o facto que registaste é consequência da conjugação de três factores:
1- Quando se dá o 25 de Abril já todos nós exercíamos uma actividade profissional e não carecemos da política para nos afirmarmos no meio social em que estavamos inseridos.
2- Não frequentámos as Juventudes Partidárias, que são o grande viveiro dos "carreiristas".
3- A nossa ambição controlada e a plena satisfação com a nossa
vivência social.
E agora uma pergunta. Só se contribui para o bem-estar comum,
desempenhando tarefas políticas?
Caríssimos : Como eu escrevo não muito bem é natural que o que quis dizer não fosse bem compreendido :
* Afirmei que todos vós desenvolvestes muito bem a v/profissão.
* Afirmei que tinheis qualidades ímpares e muito acima da média
*Afirmei que tive muita pena que não tivesseis desenvolvido essas funções de cidadania , porquê ?
Porque se calhar os políticos eram hoje vistos com muito melhores olhos e com muito mais respeito , Chega ???
Creio que no essencial o Isaías tem razão.
Parece-me de igual modo que os termos em que o Helder levantou esta questão estão correctos, talvez com benevolência demasiada, mas por amizade!
Cá para mim, foi porque intuímos que, das duas ou três coisas importantes da vida, nenhuma delas é "ser importante". Seguramente.
Concordo em absoluto com a Teresa.Para nenhum,ainda bem, foi importante ser importante...Não foi,esta, uma colheita de génios???
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