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domingo, agosto 09, 2009

Por terras da Índia… ( 6 )

MUMBAI ( Bombaím )  a capital económica.
      A cidade de Bombaím, capital do Estado de Maharashtra, foi edificada sobre um arquipélago de 7 ilhas. Foi aqui que no século XVI, os portugueses aportaram com as suas caravelas e ao entrarem na baía ficaram maravilhados com a sua beleza. Chamaram-lhe  “ Bom Baía “, a bela baía, vocábulos de onde derivou o nome de Bombaím. 
 Mumbai ( Bombaim ), vista panorâmica com a Porta da Índia. 
       Em 1661, a cidade foi oferecida aos ingleses pelo Rei de Portugal como dote de casamento da Infanta D. Catarina ( lembro: D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, que além do hábito do chá introduziu outras inovações na Corte Inglesa ) com Carlos II de Inglaterra. 
     A visita à capital económica da Índia foi muito interessante, mas rápida, porque estávamos a um dia da viagem de regresso.  
     Aqui vivem pessoas de todos os cantos da Índia pelo que são infindáveis os problemas que surgem quanto à acomodação e instalação de tanta gente!
     Por não haver capacidade de resposta muitos vivem na rua, ou em instalações inadequadas. São os velhos problemas sociais característicos das grandes cidades que na maioria delas ficam sem resolução!
Mumbai, a capital económica e financeira. 
      Bombaim é, de facto, uma cidade cheia de vitalidade, de agitação, uma autêntica cidade cosmopolita que também é a “Meca” do cinema! (sugiro o visionamento do filme: “Quem quer ser Milionário – Slumdog Millionaire” dir. de Danny Boyle). Enfim, lugar de enorme convergência de raças, línguas e religiões muito diversificadas. 
Bollywood, quadro da autoria de Djlovekhan
     Não  é, com certeza, a maior cidade da Índia mas é a capital do comércio e da indústria, dos portos movimentados, da moda, do maior mercado têxtil do mundo e do cinema; como eles dizem, “ Bollywood “ - ( India’s Hollywood) ( onde todos os ingredientes se misturam: amor, suspense, drama, música e dança).
      A nossa visita começou por Dhobi Ghats, a maior lavandaria do mundo, a céu aberto. Impressionante! Não me perguntem que tipo de emoções! Apenas uma curiosidade: os profissionais de lavagem são homens. Eles transportam, lavam e entregam a roupa por um pagamento quase insignificante!
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Lavadouro público, Bombaim. 
      De seguida visitámos mais um memorial a Gandhi – Mani Bhawan, a casa onde o “Pai da Nação” ficava aquando das suas primeiras visitas à cidade. O quarto onde Gandhi pernoitava continua tal como era no seu tempo.  



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O quarto de Mahatma Gandi, em Mani Bhawan – Bombaim ( 1917-34). 
     Havia pela casa exposição de fotografias e vitrines com esculturas que nos contavam variados episódios da vida de Gandhi.
      Depois desta visita passámos por Mallabarttil, pela Torre do Silêncio. A Torre do Silêncio é um lugar proibido para mulheres e para os não parsis. 
  A Torre do Silêncio ( fotografia antiga). 
     Os parsis ( zoroastristas) em vez de enterrarem os seus mortos como fazem os muçulmanos e cristãos, ou de cremá-los como fazem os hindus, budistas e jainistas, colocavam-nos nesta Torre para serem devorados pelos abutres e urubus.  
     Continuando a nossa visita passámos pelos Jardins Suspensos, assim chamados por terem sido construídos sobre uns reservatórios de água, usados para abastecer a cidade.
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Jardins suspensos 
      A paragem seguinte foi no Jain Temple, construção em mármore dedicada ao primeiro Jain Tirthankara. É um dos Templos mais importantes dos Jainistas de Mumbai. No seu interior mostram-se frescos relativos a cenas da vida dos 24 apóstolos Jain. Com arquitectura exuberante transparece bem a forte expressão artística da comunidade Jainista de Bombaim.
Jain Temple, Bombaim. 

      No final da manhã passámos na Front Boulevard, ao longo da Marine Drive, tendo como companhia lateral o Oceano Índico.
      A seguir ao almoço dirigimo-nos para o ex-libris de Bombaim, a “Gateway of Índia”, que foi antes do início das viagens aéreas, a única porta de entrada na Índia. Fica numa praça enorme, aberta ao oceano, que parece querer a dar as boas vindas a quem chega a Mumbai. Foi construída para comemorar a visita do Rei Jorge e da Rainha Maria à Índia, em 1911. 
Porta da Índia, Bombaím. 

     Nas imediações surgem ruas e largos pejados de edifícios com arquitectura de variadíssimas escolas e estilos da Índia.
     Para terminar a “ronda” por Bombaim dirigimo-nos ao Museu Príncipe de Gales, encaixado num frondoso parque e, cuja confluência de estilos numa arquitectura gótica e mourisca tão bem mesclada, nos dá um toque de Arte Indo Sarracena. 
Museu Príncipe de Gales, Bombaim. 

      O acervo do museu é riquíssimo: artesanato, peças de cerâmica, jades primorosos, pinturas mongóis únicas, espécimes interessantíssimos de história natural e esculturas de variadíssimos estilos e escolas indianas. E, assim, nos despedimos da fervilhante capital económica da Índia!
Na próxima semana terminaremos este conjunto de visitas com Goa.
Francisco Almeida
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns,FA.Já nem sei se aprecio mais o teu passeio ou a maneira como o descreves!

gb