NÃO
No dia 11 de Fevereiro efectuar-se-á, em Portugal, o referendo relativo à despenalização voluntária da gravidez até às 10 semanas. Ora, esta controversa questão social tem procriado, de uma forma lapidar, uma panóplia de opiniões no cerne da sociedade. Durante as últimas semanas, esta campanha francamente pejorativa e funesta traduziu-se numa irreversível radicalização de posições, assente no desrespeito mútuo dos argumentos basilares de ambos os movimentos.
Se no dia 11, pudesse votar, a minha escolha seria: NÃO. Porquê?
Considerando que:
1) A resposta à pergunta despenalizar não pode ser levada à letra, ou seja, despenalizar é não penalizar;
2) Despenalizar significa liberalizar a IVG até às 10 semanas;
3) Não precisa haver avaliação, basta pedir;
4) Para haver crianças tem que existir uma, duas, três… semanas de gestação, então porquê é que 11 semanas hão-de ser mais importantes que 10?
5) Este referendo não vai resolver a clandestinidade do IVG a partir destas semanas;
6) Em diversos países, com uma legislação semelhante à que se pretende implementar em Portugal, o número de abortos legais e ilegais têm aumentado de forma progressiva (eurostat, 31/01/07);
Em síntese, todos estes pressupostos, bem como, o cumprimento da Constituição e da ética médica, e a inquietante situação demográfica portuguesa (padecendo de um duplo envelhecimento) facultam-me poder concluir que não haverá outra alternativa senão votar, no dia 11 de Fevereiro, NÃO.
No dia 11 de Fevereiro efectuar-se-á, em Portugal, o referendo relativo à despenalização voluntária da gravidez até às 10 semanas. Ora, esta controversa questão social tem procriado, de uma forma lapidar, uma panóplia de opiniões no cerne da sociedade. Durante as últimas semanas, esta campanha francamente pejorativa e funesta traduziu-se numa irreversível radicalização de posições, assente no desrespeito mútuo dos argumentos basilares de ambos os movimentos.
Se no dia 11, pudesse votar, a minha escolha seria: NÃO. Porquê?
Considerando que:
1) A resposta à pergunta despenalizar não pode ser levada à letra, ou seja, despenalizar é não penalizar;
2) Despenalizar significa liberalizar a IVG até às 10 semanas;
3) Não precisa haver avaliação, basta pedir;
4) Para haver crianças tem que existir uma, duas, três… semanas de gestação, então porquê é que 11 semanas hão-de ser mais importantes que 10?
5) Este referendo não vai resolver a clandestinidade do IVG a partir destas semanas;
6) Em diversos países, com uma legislação semelhante à que se pretende implementar em Portugal, o número de abortos legais e ilegais têm aumentado de forma progressiva (eurostat, 31/01/07);
Em síntese, todos estes pressupostos, bem como, o cumprimento da Constituição e da ética médica, e a inquietante situação demográfica portuguesa (padecendo de um duplo envelhecimento) facultam-me poder concluir que não haverá outra alternativa senão votar, no dia 11 de Fevereiro, NÃO.
By Afonso Leitão
Nota : por impossibilidade de ser esta crónica postada amanhã, foi-o hoje.
2 comentários:
Admiro este jovem de 17 anos,com
ideias tão adultas e bem defenidas.
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concordo plenamente com a análise feita.Se o problema,como muitos nos querem fazer querer, fosse só da despenalização...há muito que o mesmo tinha sido resolvido por via legislativa pelas várias maiorias de esquerda que têm estado no poder.Mas o problema, a meu ver e salvo melhor opinião,é outro, que não é mais do que liberalizar ou não o aborto?Eu, por formação e convicção pessoal entendo que devo votar não!Nada tenho contra quem vai votar sim,respeito essa opção e até acho que no dia 12 de fevereiro os problemas do país estarão definitivamente resolvidos, se o SIM vencer, pois parece que este tema é sem dúvida o "grande problema nacional".VMB
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