A minha tia está com uma memória notável. O artigo nr. 3 já está marcha. O Manuel está interessado em acompanhar o conteudo destes artigos. Depois fará o comentário. Abraço para todos. BV .
É bem certo o ditado "aprender até morrer. Só hoje é que tive conhecimento,que Quintela era a localidade de onde era natural o seu avô. A meu ver ficou-lhe bem esta atitude. Nunca ter vergonha da terra bv.
Cá estou, apesar de atrasado! Li e reli com atenção e gosto,relembrando e aprendendo alguma coisa das relações familiares de pessoas em redor de Paulo Quintela. Lembro-me do Dr Adriâo M. Amado, da sua morte no meu 1º ano do liceu e dos gritos das dores que o cancro lhe provocava. Morava na casa que mais tarde foi comprada pelo sr Alcino Lopes, ao Loreto. Conheci ainda o Dr António Pires, de figura imponente para um miúdo, e do seu cunhado Dr Miranda,que tinha sido,creio, professor de Geografia .O Professor Paulo Quintela era bem mais novo que o irmão António.Ora, este faleceu numas férias grandes e eu, já crescido, fui ao enterro e impressionou-me a face cerrada com que P.Q. presidiu às exéquias. Embora nunca tenha sido seu aluno pois estudei em Lisboa, tive a possibilidade e sobretudo o gosto de participar no Porto de Honra que a Universidade de Coimbra ofereceu em sua honra, em 1977 por ocasião da sua jubilação. E pude ainda partilhar da sua sabedoria e da agradável presença em encontros de literatura ns Casa Alemã , em Coimbra, onde fiz o estágio. Mas certamente todos, ou pelo menos muitos de nós assistimos,em Bragança, a representações do T E U C, de que foi director artístico durante anos e anos - As Barcas de Gil Vicente nos nossos 11,12 anos e anteriormente uma tragédia grega clássica!Na casa em que vivia a irmã, D. Aninhas Pires,na Rua Alexandre Herculano, fora colocada, no ano das Barcas, uma placa de homenagem "Do TEUC Ao SEU DIRECTOR ARTÍSTICO", a que assisti por casualidade de vizinhança e que ainda existe, pois foi transferida do edifício original para o novo que o substituiu recentemente. Apesar do seu brilhantismo académico e de ter sido condecorado com a mais alta honraria alemã para a cultura, a Medalha de Goethe, Paulo Quintela nunca ascendeu na carreira universitária por motivos de perseguição política,só chegando a catedrático após o 25 de Abril de 1974. Fico à espera da continuação ,claro. Mas ,desde já, aqui deixo expressa a minha admiração à tia Conceição do meu amigo Bartolomeu pelo excelente trabalho de divulgação de um dos grandes vultos da nossa terra no séc.XX. Além de proporcionar o meu próprio activar de memórias passadas que ameaçam aproximar-se da fase de perda pela passividade ditada pelo não-uso. Até breve. Em 4.3.2010
3 comentários:
A minha tia está com uma memória
notável.
O artigo nr. 3 já está marcha.
O Manuel está interessado em acompanhar o conteudo destes
artigos.
Depois fará o comentário.
Abraço para todos.
BV .
É bem certo o ditado "aprender até
morrer.
Só hoje é que tive conhecimento,que
Quintela era a localidade de onde
era natural o seu avô.
A meu ver ficou-lhe bem esta atitude.
Nunca ter vergonha da terra
bv.
Cá estou, apesar de atrasado! Li e reli com atenção e gosto,relembrando e aprendendo alguma coisa das relações familiares de pessoas em redor de Paulo Quintela. Lembro-me do Dr Adriâo M. Amado, da sua morte no meu 1º ano do liceu e dos gritos das dores que o cancro lhe provocava. Morava na casa que mais tarde foi comprada pelo sr Alcino Lopes, ao Loreto. Conheci ainda o Dr António Pires, de figura imponente para um miúdo, e do seu cunhado Dr Miranda,que tinha sido,creio, professor de Geografia .O Professor Paulo Quintela era bem mais novo que o irmão António.Ora, este faleceu numas férias grandes e eu, já crescido, fui ao enterro e impressionou-me a face cerrada com que P.Q. presidiu às exéquias. Embora nunca tenha sido seu aluno pois estudei em Lisboa, tive a possibilidade e sobretudo o gosto de participar no Porto de Honra que a Universidade de Coimbra ofereceu em sua honra, em 1977 por ocasião da sua jubilação. E pude ainda partilhar da sua sabedoria e da agradável presença em encontros de literatura ns Casa Alemã , em Coimbra, onde fiz o estágio. Mas certamente todos, ou pelo menos muitos de nós assistimos,em Bragança, a representações do T E U C, de que foi director artístico durante anos e anos - As Barcas de Gil Vicente nos nossos 11,12 anos e anteriormente uma tragédia grega clássica!Na casa em que vivia a irmã, D. Aninhas Pires,na Rua Alexandre Herculano, fora colocada, no ano das Barcas, uma placa de homenagem "Do TEUC Ao SEU DIRECTOR ARTÍSTICO", a que assisti por casualidade de vizinhança e que ainda existe, pois foi transferida do edifício original para o novo que o substituiu recentemente.
Apesar do seu brilhantismo académico e de ter sido condecorado com a mais alta honraria alemã para a cultura, a Medalha de Goethe, Paulo Quintela nunca ascendeu na carreira universitária por motivos de perseguição política,só chegando a catedrático após o 25 de Abril de 1974.
Fico à espera da continuação ,claro. Mas ,desde já, aqui deixo expressa a minha admiração à tia Conceição do meu amigo Bartolomeu pelo excelente trabalho de divulgação de um dos grandes vultos da nossa terra no séc.XX. Além de proporcionar o meu próprio activar de memórias passadas que ameaçam aproximar-se da fase de perda pela passividade ditada pelo não-uso. Até breve.
Em 4.3.2010
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