A interactividade da Colheita63 em movimento contínuo para todo o Mundo e especialmente para Lisboa , Tomar , Monte Estoril , Linda-a-Velha , Setúbal , Coimbra , Porto , VNGaia , Braga , VNFamalicão , Santo Tirso , Afife , Vila Real , Vinhais , Bragança , Castelo Branco , Seia , Vendas Novas , Varsenare e Aveiro

sexta-feira, março 23, 2007

CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA (18ª)

Ota

Nestes últimos tempos, a temática relacionada com o novo aeroporto da Ota tem procriado diversas análises e perspectivas acerca da rentabilidade e sustentabilidade económica deste mega-projecto ou, como designou Luís Marques Mendes no Debate Mensal de 4ªfeira, “elefante-branco”. Nesta sequência, ambiciono despoletar o debate sobre os aspectos positivos e negativos inerentes a este projecto.
No sábado, o semanário Sol publicava um estudo que colocava em causa o investimento e a localização do aeroporto. O jornal salientava diversos problemas: 1) a capacidade máxima em 13 anos; 2) as limitações para aterrar, descolar e voar; 3) as dificuldades de engenharia; 4) as preferências, por parte dos privados, para outra localização; 5) as dúvidas despoletadas pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva.
Neste contexto, considero que há duas questões basilares: em primeira lugar, compreender a importância sob o ponto de vista económico e competitivo de uma nova infra-estrutura aérea; em segundo lugar, analisar meticulosamente a zona da Ota, que corresponde a uma reserva natural. Relativamente à primeira questão, considero que seria positivo um aeroporto internacional dadas a exigências crescentes de um mundo cada vez mais competitivo, exigente, uniformizado e globalizado. No tocante à segunda questão, discordo da área preferida pelo Governo. E porquê?
Numa primeira análise, e como já mencionei, esta área geográfica corresponde a uma reserva natural; por seu turno, o facto de se localizar numa região de relevo cársico, e que corresponde a uma das piores regiões em termos de tráfego aéreo, não só devido aos ventos (sistematicamente para Noroeste), mas também porque existem diversos obstáculos geográficos, como a Serra Montejunto. Além disso, não podemos descurar dos impactes ambientais negativos que adviriam deste mega-projecto.
Em síntese, não estou a ser pessimista, contudo estou a ser realista e pragmático, porque quem vai pagar esta obra somos nós, possivelmente sem usufruirmos com justiça desse mega-esforço.
By Afonso Leitão

4 comentários:

Anónimo disse...

Afonso Leitão.Gostei do seu artigo.
Quanto á construção do novo aeroporto, ainda vai correr muita "água debaixo da ponte".
Há obviamente muitos interesses na
construção.
Vamos ver os"Próximos episódios"..,
Estimo que tenha boas notas
e desejo-lhe boas férias da Pascoa.
Um abraço
Old

Anónimo disse...

Gostei da crónica: bem organizada e explicado. É um tema que ainda vai dar que falar.

Pergunta ao Srº Old: que interesses é que acha que subjacentes a esta obra? Tem a certeza do que está dizer?
Gostaria de saber.

Anónimo disse...

O assunto é tão simples que não é
necessário pedir a intervenção do
nosso A.Leitão,que efectuou uma
excelente crónica.
Quando se efectua um megaprojecto
há obviamente muita gente interessada, pois as localidades abrangidas ficam muito valorizadas
pois há um desevolvimento em todas
as actvidades.Não é um interesse
subjacente é um interesse real,de
valorização de uma região e dos seus habitantes.
Tenho a certeza do que estou a dizer é isto,não faço a minima ideia do que o Sr. pensou.
Penso ter esclarecido o Sr.a.s.m.said.Não nos cohecemos e se vier a Bragança visite-me pois
eu gosto de conversar.
Os meus cumprimentos
Bartolomeu Velho
no Blog uso "OLd"

Anónimo disse...

Caro Afonso

Apreciei a crónica pelas diversas lições e perspectivas inerentes a ela. Penso que tens razão e estou completamente da acordo contigo. A Ota será um desperdício nacional.

Mais uma vez, o sr a.s.m. criticou mal os comentários dos outros bloguistas. Incompreeensível, deveras.
Cumprimentos