PCP, a ditadura do Comunismo português
No Debate da Nação que se sucedeu no Parlamento na última sexta-feira, travou-se uma querela muito peculiar entre o Primeiro-Ministro (PM) José Sócrates e a bancada parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) relativamente à controversa questão da liberdade expressão individual e colectiva no contexto de uma sociedade democrática. Numa primeira análise pode deixar transparecer alguma demagogia ou uma elementar tentativa de disputa de qual dos partidos possui maior relevo no decurso da história portuguesa da segunda metade do século XX. Contudo, considero imperioso destacar, para justificar as palavras do PM que no meu ponto de vista estão correctas, alguns momentos cinzentos do Comunismo Internacional, e os seus reflexos na matriz fundadora do PCP.
O Partido Comunista Português foi fundado em 1921 e, durante o Estado Novo, constituiu a principal força oposicionista ao regime salazarista. Nesse período e após o 25 de Abril, o grande líder doutrinário uno e incontestável era Álvaro Cunhal. A sua função era inculcar nas massas oposicionistas os valores matriciais do Comunismo e, como tal, exercia o seu poder de um modo homólogo aos grandes chefes que perfilhavam o marxismo: absoluto e único. Por isso, o PCP é inatamente um partido ditatorial e antidemocrático. Paralelamente, esta minha convicção é confirmada pela recente publicação do livro Foi Assim, da autoria da deputada social-democrata Zita Seabra.
Cunhal era um admirador dos regimes populares do Leste Europeu e das suas políticas: monopartidarismo, culto do chefe, colectivização dos campos, planificação económica, censura, ausência da liberdade intelectual, a negação dos direitos humanos e a perpetuação do realismo social.
Estarei a mentir? Estarei a ser um confesso censurador do comunismo português? Então, como se explicam as posições ideológicas radicais do PCP no período do PREC (Período Revolucionário em Curso) em Portugal? E as atrocidades perpetradas pelos regimes comunistas à escala mundial?
Em suma, o PCP não tem autoridade moral para falar de liberdade e democracia.
No Debate da Nação que se sucedeu no Parlamento na última sexta-feira, travou-se uma querela muito peculiar entre o Primeiro-Ministro (PM) José Sócrates e a bancada parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) relativamente à controversa questão da liberdade expressão individual e colectiva no contexto de uma sociedade democrática. Numa primeira análise pode deixar transparecer alguma demagogia ou uma elementar tentativa de disputa de qual dos partidos possui maior relevo no decurso da história portuguesa da segunda metade do século XX. Contudo, considero imperioso destacar, para justificar as palavras do PM que no meu ponto de vista estão correctas, alguns momentos cinzentos do Comunismo Internacional, e os seus reflexos na matriz fundadora do PCP.
O Partido Comunista Português foi fundado em 1921 e, durante o Estado Novo, constituiu a principal força oposicionista ao regime salazarista. Nesse período e após o 25 de Abril, o grande líder doutrinário uno e incontestável era Álvaro Cunhal. A sua função era inculcar nas massas oposicionistas os valores matriciais do Comunismo e, como tal, exercia o seu poder de um modo homólogo aos grandes chefes que perfilhavam o marxismo: absoluto e único. Por isso, o PCP é inatamente um partido ditatorial e antidemocrático. Paralelamente, esta minha convicção é confirmada pela recente publicação do livro Foi Assim, da autoria da deputada social-democrata Zita Seabra.
Cunhal era um admirador dos regimes populares do Leste Europeu e das suas políticas: monopartidarismo, culto do chefe, colectivização dos campos, planificação económica, censura, ausência da liberdade intelectual, a negação dos direitos humanos e a perpetuação do realismo social.
Estarei a mentir? Estarei a ser um confesso censurador do comunismo português? Então, como se explicam as posições ideológicas radicais do PCP no período do PREC (Período Revolucionário em Curso) em Portugal? E as atrocidades perpetradas pelos regimes comunistas à escala mundial?
Em suma, o PCP não tem autoridade moral para falar de liberdade e democracia.
By Afonso Leitão
11 comentários:
Quem fala assim não é gago ....
Então Afonso mais uma semanita de
férias. Já me disse que estão a
passar bem.
Divirta-se pois o tempo passa depressa.
A narração da crónia está bem.
Tem o interesse histórico.
É melhor a meu ver, recordar o famoso Tony de Matos ,naqela canção
muito bonita " VENDAVAL PASSOU...
Conhece?
Então até 6ª. feira
Um abraço Bartolomeu
Olá Afonso, espero que esteja a passar umas boas férias!
Como sabe eu discordo completamente consigo.
O PCP não tem autoridade moral para falar de democracia??? Á 35 anos atrás o PCP, foi o ÚNICO partido em Portugal que na clandestinidade e com apenas 25 militantes LUTOU FERVOROSAMENTE contra o regime salazarista! Diga-me quem fez isso?
É certo dizer que um dos lados negros do comunismo foi o regime ditatorial implantado em alguns países, como é o caso de Cuba. Mas sinceramente, não vejo se um partido luta pela liberdade de forma tão activa, queira hastear de novo a bandeira negra da ditadura.
Espero uma palavra sua... Cumprimentos saudosos....
Rita:
Está boa?(trata-me por "tu") E as férias?
Recorda-se de te ter contado a célebre frase do Cunhal à jornalista italiana Oriana Fallacci, e que não acreditava no pluripartidarismo em Portugal no pós 25 de Abril?
Isto é ser democráta?
Até amanhã camarada!
Olá Afonso,
Mesmo em férias, e bem merecidas, continua a surpreender-nos todas as sextas-feiras com a sua crónica. Sobre a matéria da última, com a qual concordo em alguns aspectos, sugiro a leitura do livro recente de Zita Seabra "Foi assim" que nos revela muita coisa sobre o PC na clandestinidade e sobre o PCP do pós-revolução. Entre outras coisas, impressionou-me a tenacidade dos seus militantes na defesa das suas ideias e ideais e, por outro lado e antagonicamente,a quão pouca liberdade de que disfrutavam.
Até sexta-feira.
Um abraço
Lena Pires
O PCP é daqueles partidos demagógicos sem interesse e sem soluções para o País. Sempre com a mesma CASSETE. O PCP não existe actualmente.
Cumprimentos
Jovenzinhos Rita e Afonso : nem 8 nem 80 . O que é um facto é que o PC teve a s/relevância antes do 25 , mas fossilizou e está incapaz nesta altura de ter qualquer intervenção responsável na vida política portuguesa ...
Apesar de quase ter absolvido a "camarada " Zita Seabra aquando da sua entreviata na RTP1 , a verdade é que vale a pena ler o seu livro e daí tirar as devidas ilações , dando o desconto do seu ressaibiamento...
É isso mesmo! Seria uma excelente compra futura o livro de Zita Seabra. Quem sabe para comentar posteriormente neste blogue.
Um aspecto relevante: eu mencionei na crónica que o PCP foi a principal força oposicionista durante o Estado Novo.
Atenção, eu sei relatar historicamente os factos independentemente das minhas convivções politicas. Agora, há situações incompreensiveis na História da Humanidade, em que não posso ficar imune.
olá Afonso!!
Recordo tambem o que cunhal disse a Mário Soares num debate para as elições do pós 25 de abril!!
oh meu caro colega afonso leitao ja tens saudades destes "conflitos ideologicos" com a nossa camarada Rita...foi ela a tua inspiraçao para este tema? beijinho e boas ferias! que foto e essa? fico a espera da tao prometida mariscada!
Enviar um comentário