O tempo é o nosso tempo. Somos princípio e fim, dando continuidade a outros, mais um elo numa cadeia que não sabemos quando terminará e mal sabemos quando começou.
Cada um tem o seu tempo, tempo de dor e de alegria, de acordo com as suas memórias afectivas.
Todas as memórias que constroem a nossa vida são afectivas. Viajar para o interior delas, isto é, para o interior de nós próprios, pode ser tarefa difícil e perturbadora.
Pode despertar demónios adormecidos, fantasmas arquivados, experiências angustiantes e reactivar dores mal reestruturadas.
Também nos permite conviver com situações que nos gratificaram, alegrias sempre breves e dores que foram correctamente trabalhadas e já provocam evocações reconfortantes.
Há sempre um “The Dark Side of the Moon”, uma face oculta, que é melhor não visitarmos sozinhos, ou mesmo nem sequer acompanhados.
Há memórias que são para apagar, pura e simplesmente, se formos capazes.
2 comentários:
Eu penso nessas últimas memórias como gavetas ou quartos fechados, mas não quero esquecê-las
Faz tudo parte da nossa história de vida!Hoje somos assim e não de outra maneira,por tudo o que pas
sámos!
Maria P.
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