Depois de Agra e, ainda, com a lembrança do magnífico Taj Mahal - o imponente mausoléu de mármore branco - que ao longo do tempo se encarregará de perpetuar o amor que um tal Imperador sentia por sua esposa, continuámos em direcção a Jaipur, a cidade rosa do Rajasthan, terra de príncipes, guerreiros, palácios e fortalezas.
Fatehpur Sikri, a cidade abandonada.
Fizemos uma 1ª paragem em Fatehpur Sikri, “the deserted red sandstone city” - a cidade da Vitória, que em tempos do Imperador Akbar fora capital do império mongol, embora por pouco tempo.
Hoje, é uma cidade-museu em pedra, desabitada devido à escassez de água. Todavia, é grandiosa e rica em palácios e magníficas construções de que destaco a Jama Masjid, considerada uma cópia da mesquita de Meca.
Finda a visita retomámos a viagem até à cidade cor de rosa, assim chamada devido à cor dos materiais utilizados na construção dos edifícios.
Ao cair da tarde chegámos a JAIPUR, capital do Estado de Rajasthan – o estado mais colorido da Índia. Esta cidade, a 230 km de Delhi, planeada e construída pelo astrónomo Jai Shing, no séc. XVIII, obedecia a um projecto de planeamento bastante avançado, ainda pouco comum na maioria das cidades europeias.
Jaipur, City Palace
No dia seguinte, após o pequeno almoço fizemos uma visita panorâmica pela cidade e subimos, montados em elefantes, o íngreme caminho pavimentado de lajes de pedra que nos conduzia ao célebre Forte Amber, a 11 km de Jaipur.
Subida para o Forte Amber
Apesar deste pequeno percurso não ter sido muito confortável para os sofredores da coluna, a visão panorâmica da marcha dos elefantes em fila, subindo a encosta, foi compensadora!
Entrada do Forte Amber
Entrámos na cidadela, um autêntico labirinto de robustas muralhas e torres, onde pudemos ver um fantástico palácio em mármore com muitas colunas e muito trabalho em talha, cujo reflexo se podia observar numa infinidade de pequeníssimos espelhos que pareciam forrar as paredes de algumas das salas. Esta imponente cidadela fora, noutros tempos, uma brilhante capital do Império Rajput.
Sala do Palácio revestida por milhares de pequeníssimos espelhos
Da parte da tarde, após o almoço, percorremos os locais de maior interesse turístico da urbe, o que nos permitiu ver o Palácio da Cidade, o Jantar Mantar ou Observatório Real.
Jantar Mantar, o Observatório Real
Numa das artérias principais localizava-se o mundialmente conhecido Palácio dos Ventos, o Hwa Mahal - a obra prima de Jaipur, em forma de favo. Consta que era desse palácio, um muro finamente esculpido, que as damas da corte de Jaipur podiam assistir de longe às procissões e, observar os eventos mais importantes da cidade.
Palácio dos Ventos
Como curiosidade não deixarei de referir a quantidade de famosos joalheiros aqui sediados e o facto, de serem enviadas de todas as partes da Índia para Jaipur, quantidades de pedras preciosas para lapidar e esculpir: esmeraldas, diamantes e safiras que na maioria destes joalheiros se encontravam “ aos sacos “.
Francisco Almeida
3 comentários:
Ainda bem que conseguiram!Custou,mas valeu a pena.
FA,das milhentas viagens que fizestes,estaa deve ter sido a cereja no topo do bolo!!??
Abração
gb
Sopraram os ventos desencontrados e foi-se o comentário.! Bom fim-de-semana!
Continuo a ler com muito interesse os relatos de FA que me aguçam o apetite de uma viagem à Índia. Destino a ponderar!
LP
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