"Amanhã haverá um eclipse do sol. Se estiver bom tempo, os soldados formarão na parada para assistir ao fenómeno. Se chover, manter-se-ão na caserna". Foi isto que o coronel comunicou ao capitão. Logo o capitão disse ao sargento: "Por ordem do nosso Coronel, amanhã haverá um eclipse do sol. Se estiver bom tempo, os soldados formarão na parada. Se chover, será na caserna."
Finalmente, o sargento comunica aos soldados: "Amanhã, se chover, o coronel fará eclipsar o sol dentro da caserna. Se fizer bom tempo, será na parada." Os soldados comentam entre si: "Parece que amanhã vão eclipsar o coronel dentro da caserna. Nós vamos apanhar sol para a parada."
Esta é uma história dos compêndios de comunicação. Serve para ilustrar os efeitos do ruído quando se referem factos contados por fulano, que os ouviu de sicrano, e por aí fora. Em cada transmissão, a informação adultera-se. Mas o mais interessante é que cada um acaba por ouvir aquilo que quer.
Sobre a historieta que dominou as altas preocupações dos jornalistas, alguns dizem que o Governo, na sua perseguição à liberdade de imprensa, se reúne nas mesas dos restaurantes para sentenciar em voz alta a próxima vítima. Outros dizem que um jornalista, num assomo de auto-importância, se deixou convencer que era temido pelo Governo e aproveitou para se despedir de um trabalho acessório a fim de se dizer perseguido. Alguém terá razão?
In destak de ontem
Finalmente, o sargento comunica aos soldados: "Amanhã, se chover, o coronel fará eclipsar o sol dentro da caserna. Se fizer bom tempo, será na parada." Os soldados comentam entre si: "Parece que amanhã vão eclipsar o coronel dentro da caserna. Nós vamos apanhar sol para a parada."
Esta é uma história dos compêndios de comunicação. Serve para ilustrar os efeitos do ruído quando se referem factos contados por fulano, que os ouviu de sicrano, e por aí fora. Em cada transmissão, a informação adultera-se. Mas o mais interessante é que cada um acaba por ouvir aquilo que quer.
Sobre a historieta que dominou as altas preocupações dos jornalistas, alguns dizem que o Governo, na sua perseguição à liberdade de imprensa, se reúne nas mesas dos restaurantes para sentenciar em voz alta a próxima vítima. Outros dizem que um jornalista, num assomo de auto-importância, se deixou convencer que era temido pelo Governo e aproveitou para se despedir de um trabalho acessório a fim de se dizer perseguido. Alguém terá razão?
In destak de ontem
5 comentários:
Um dia destes o prestigiado e isento jornal SOL, furando o segredo de restaurante, publicará, integralmente, a conversa tida entre o Jornalista e Socas e seus adjuntos.
Convém não esquecer que foi o referido jornalista que cumprimentou Socas, na mesa deste.
Um drama para o país, vamos ficar sem liberdade de mal-dizer!
Repito o comentário de há dias:
"Vai recomeçar a telenovela do desgraçadinho..."
"A indisciplina geral, o progressivo rebaixamento dos carácteres, a desqualificação do mérito, o descomedimento das ambições, o espírito de insubordinação, a decadência mental da imprensa, a pusilanimidade da opinião, o rareamento dos homens modelares, o abastardamento das letras, a anarquia da arte, o desgosto do trabalho, a irreligião, e, finalmente, a pavorosa inconsciência do povo."
RAMALHO ORTIGÃO
É assim mesmo, Caçador de Brumas. Os portugueses foram sempre assim: invejosos, maledicentes...q.b. Podemos recuar ainda mais, vejam-se as "canções de escárnio e maldizer", o teatro vicentino, etc., etc. Hoje não podia ser diferente...Será o nosso fado?!
Urze dos Montes
Boa comandante , gostei ..
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