Uma verdade mesmo inconveniente
No Verão passado, vislumbrei no cinema o documentário “Uma Verdade Inconveniente” (até recebeu um Óscar) de Al Gore em que incita para as sequelas do aquecimento global, para além do alerta aos cidadãos para reduzirem o consumo de energia. Devo confessar que prezei ter visionado o filme e, como de qualquer obra da 7ª Arte devemos reter alguns ensinamentos, de modo a ampliarmos a nossa cultura. Todavia, na edição desta quinta-feira do Diário de Noticias (DN) era publicada a seguinte notícia: “… na sua mansão em Nashville, Tenessee (um Estado com clima moderado), consome 20 vezes mais energia que uma família média dos EUA. Gore, de acordo com um grupo de estudos políticos – Tenessee Center for Policy Research –, gastou qualquer coisa como 24 mil euros em electricidade no ano passado com a sua casa de 20 quartos e oito casas de banho (930 módicos metros quadrados). A porta-voz da família já veio garantir que estão a ser instalados painéis solares na mansão, para reduzir o consumo.”
Em síntese, três questões éticas se podem inferir após este infortunado episódio aos olhos da opinião pública: 1) Porque é que, mesmo em temáticas sensíveis e controversas à escala mundial, não são os nossos “superiores” a transporem a sua teoria para a prática comum? 2) Porque é que a demagogia perdura e impera mesmo em matérias de pendor científico e humanitário? 3) Porque é que, como no caso particular de Al Gore, se conservam fiel à directriz política “faz o que eu digo, e não o que eu faço”?
No Verão passado, vislumbrei no cinema o documentário “Uma Verdade Inconveniente” (até recebeu um Óscar) de Al Gore em que incita para as sequelas do aquecimento global, para além do alerta aos cidadãos para reduzirem o consumo de energia. Devo confessar que prezei ter visionado o filme e, como de qualquer obra da 7ª Arte devemos reter alguns ensinamentos, de modo a ampliarmos a nossa cultura. Todavia, na edição desta quinta-feira do Diário de Noticias (DN) era publicada a seguinte notícia: “… na sua mansão em Nashville, Tenessee (um Estado com clima moderado), consome 20 vezes mais energia que uma família média dos EUA. Gore, de acordo com um grupo de estudos políticos – Tenessee Center for Policy Research –, gastou qualquer coisa como 24 mil euros em electricidade no ano passado com a sua casa de 20 quartos e oito casas de banho (930 módicos metros quadrados). A porta-voz da família já veio garantir que estão a ser instalados painéis solares na mansão, para reduzir o consumo.”
Em síntese, três questões éticas se podem inferir após este infortunado episódio aos olhos da opinião pública: 1) Porque é que, mesmo em temáticas sensíveis e controversas à escala mundial, não são os nossos “superiores” a transporem a sua teoria para a prática comum? 2) Porque é que a demagogia perdura e impera mesmo em matérias de pendor científico e humanitário? 3) Porque é que, como no caso particular de Al Gore, se conservam fiel à directriz política “faz o que eu digo, e não o que eu faço”?
By Afonso Leitão
12 comentários:
Infelizmente foi assim ,é assim e será sempre igual.
Está um bom trabalho. Desejo-lhe felicidades para os testes de fim
de período.
Sempre em frente
Old
Na verdade estamos fartos desses exemplos!!!Não foi um governante nosso que há tempos foi apanhado a 253km/h?????Pois é o mesmo que agora chama ao nosso Algarve....All Garv!!!!!Não tarda que chamem também ao nosso querido burgo...Back the Monts!!!Aonde isto irá parar???
Resposta ao Srº Old: obrigado pela atenção no que se refere aos testes. Só me falta um de Geografia C, que é na terça-feira, e depois já posso escrever mais no blogue.
Um abraço.
Tema polémico e picante, mas interessante. Vivemos numa sociedade justa em que os mandões são exemplos para tudo. Eles falam, eles fazem. Eles ditam, nós fazemos. É uma beleza. Igualde, fraternidade e liberdade. Estou abismado. Carros a essas velocidades, normalissimo eles são ministros (Manuel Pinho). Tudo normal numa Democracia. O que seria com o nosso fiel companheiro Salazar.
Gostei muito da crónica Afonso. São temas sempre relevantes para a nossa formação para conhecermos realmente as pessoas. Achei rídiculo as utopias da pessoa a.s.m. Não é correcto falarmos agora do Salazar.
Desculpe(a) lá, não percebi essa. Com o Salazar, não haveria estes distúrbios. Agora com esses socialista, comunistas e polícias que não valem nada, tudo é possivel.
Acho que estou correcto.
Como é que pode ter a certeza! Até parece que não se vivia insegurança com o Salazar. Já agora fale dos demagógicos dos militares que são talvez, como o Al Gore. Vá fale!!!!!!!!!!!!!!
Afonso,
Gostei da crónica pela actualidade do tema, mas sobretudo pela "denúncia" transcrita do DN relativa aos procedimentos do ambientalista AL Gore. Lá como cá! As restrições, os sacrifícios são para os outros. Infelizmente os bons examplos não vêm de cima.
Um abraço
Lena Pires
PS - Boa sorte e bom sucesso no teste de Geografia de amanhã.
A mim não me interessa falar dos militares! Que fale aquele senhor (Karet) que fala sempre dos militares e pergunte-lhe a sua opinião. O Salazar era um medroso. Sabia lá ele, ou o Marcello Caetano, falar de segurança. Tinham a PIDE e chegava. É como o AL Gore.
Está a misturar e a fugir à minha questão. Está com medo ou receio que não saiba responder?
Ó Afonso a "directriz" que menciona refere-se aos senhores curas.
Marat
A "directriz" que refiri, diz respeito a tudo o que esses senhores(?) dizem e teorizam, e que não se traduzem, na maioria das vezes, em acções. E quando agem, surgem situações tão degradantes como aquela que mencionei na crónica.
Espero tê-lo esclarecido.
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