Ser poeta é ser mais alto,
é ser maiorDo que os homens!
Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
By Teresa Pires
4 comentários:
Esta poesia de F.Espanca,com música de base L.R.,nada mau.
Continuar Teresa.
Batolomeu
Teresa:
Apareces sempre com o condão de nos deliciar...Obrigada.
Gélica
Ainda bem que se lembrou deste dia de magia. Hoje, tive uma sessão de poesia na minha escola. Leram-se poemas de Miguel Torga, Álvaro de Campos e Florbela Espanca. Não se leu este poema que, na minha óptica é o epicentro da sua poesia.
Agradeço o seu contributo para enriquecer culturalmente o presente blogue.
Cumprimentos
O prazer de partilhar convosco esta beleza foi todo meu...
Enviar um comentário