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sexta-feira, abril 27, 2007

CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA (23ª)

25 de Abril juvenil


Na quarta-feira comemorou-se o trigésimo terceiro aniversário da Revolução dos Cravos que se sucedeu em 1974.Vivíamos um período de grande intransigência por parte do Governo, chefiado pelo professor Marcello Caetano, e pelos sectores conservadores face a dois problemas insolúveis: a guerra colonial e o isolamento internacional devidamente corroborado com o “orgulhosamente sós”, que na minha óptica constituiu a declaração mais humilhante e extemporânea da Historia portuguesa do século XX. Todos sabemos na globalidade as principais causas e efeitos da Revolução. Contudo, é incontornável, para mim, compararmos o que foi o 25 de Abril como estudante da disciplina de História na medida em que o conheço teórica e factualmente, com aqueles que o viveram empiricamente naquele exacto momento. Nestas celebrações sobressai-se uma questão pertinente: qual o papel dos jovens e qual as suas perspectivas sobre a Revolução dos Cravos? Em primeiro lugar, não me imagino nos tempos de uma ditadura fundamentada na censura, na ignorância e no ruralismo. Por exemplo, se vivesse no tempo do Estado Novo é plausível afirmar que teria sido preso pela PIDE por difamar o bom-nome de António de Oliveira Salazar. Recordo que o socialista Edmundo Pedro foi deportado para o Tarrafal quando contava com 17 anos, ou seja, a minha idade. Em segundo lugar, todos os estudantes da disciplina de História em particular, devem conhecer factualmente as razões da ascensão política de Salazar e do Estado Novo, bem como as causas do seu termo, já no tempo de Marcello Caetano. Isto não obsta que jovens de outras áreas do conhecimento não possuam determinadas bases relativamente à Revolução dos Cravos, contudo os alunos de História devem, à priori, lograr maior intrepidez didáctica. Em suma, como jovem leitor e comentador da maior diversidade de temáticas políticas e ideológicas, tal como pude patentear ao longo destas 23 semanas, considero que se deve preservar este dia nas nossas memórias colectivas como sendo o dia mais florescente e próspero do amargo século XX português.

By Afonso Leitão

3 comentários:

Anónimo disse...

Para melhor aclarar as suas ideias e como contraponto, sujiro que leia a opinião de ANTÓNIO JOSÉ SARAIVA, sobre o asunto. Se acaso estiver interessado esse mesmo comentário está no meu blog. Acredite que AJS é uma das figuras incontornáveis da cultura e um Democráta do Século XX
O abraço amigo de sempre.
JS

Anónimo disse...

Caro Afonso:

Concordo com o que disse relativamente à juventude. Triste é nestes 33 anos ainda no preâmbulo da nossa Constituição dizer que se deve contruir uma "sociedade socialista". Não concordo com essa frase.

Um abraço para o Afonso e o srº Administrador.

Anónimo disse...

Afonso Leitão.
Gostei do seu artigo.
Escolheu e está muito bem, um tema
relacionado com o 25 de Abril 1974
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Bartolomeu
no Blo OLD