O problema é este: a indústria jornalística da corrupção é tão produtiva que não sabemos distinguir uma suspeita de uma investigação real.
Daqui a alguns anos, por este caminho, uma suspeita há-de ser suficiente para se armar um escândalo público; e uma investigação judicial há-de ser tão desvalorizada como um golo num estádio português diante de um árbitro medíocre.
Desconfiar sempre
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Querem convencer-nos de que a rapidez alucinante na aprovação do Freeport nada tem de insólito. Tentarão persuadir-nos de que misturar a família em processos de decisão pública não é inédito nem incorrecto.
Outros garantem-nos que não há nada de especial em iniciar uma investigação que envolve um líder político nas vésperas de eleições, imobilizá-la durante quatro anos e recuperá-la em altura de novas Legislativas. Ouviremos as desculpas do ‘filho do tio’, as exortações corporativas do autêntico líder do MP, o dr. Cluny, e as acusações de quem julga poder ganhar eleições por abandono do rival e sem uma ideia para o País.
Todos jurarão que a excepção é igual à regra e que o errado está certo.
Pensa por tiIn CM de hoje ( excertos )
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