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sexta-feira, julho 03, 2009

PCP: os seus interesses, o interesse dos trabalhadores e o interesse do país!

AUTOEUROPA: ESTALOU O VERNIZ AO PCP

«Toda a gente sabe, embora os interessados não gostem que se diga, que os grandes meios de comunicação social (e não só) andam com o BE ao colo. Mas ao sr. António Chora, trazem-no em ombros.

Compreende-se bem que assim seja. Se para o grande capital é precioso um tampão eleitoral que previna uma maior deslocação de votos para o PCP e a CDU - votos que julgam ir recuperar mais tarde ou mais cedo -, muito mais precioso é um quadro operário cuja cabeça esteja feita, de cima a baixo, pela ideologia da classe dominante.

Na luta de classes há episódios marcados por um duplo valor: um valor intrínseco e um valor simbólico. É o caso actual da Autoeuropa, da resistência dos seus trabalhadores, e da violenta chantagem que sobre eles vem sendo exercida, sobretudo desde que rejeitaram o pré-acordo negociado entre a Administração e a CT. Desde Sócrates e o seu Governo à UGT e aos grandes meios de comunicação social, com destaque para o diário de Belmiro de Azevedo, não houve dia em que não fosse proferida uma ameaça, que não houvesse uma tentativa de encostar os trabalhadores à parede, que não fossem os trabalhadores aconselhados a juntar novas cedências às que há muito vêm sendo forçados a fazer. E não houve dia em que o sr. Chora, embora com todas as cautelas, não viesse fazer coro nesse processo.

Onde se pedia a um dirigente firmeza na defesa de interesses de classe, da parte do sr. Chora o que se ouve é a repetição dos argumentos da administração, a reiterada disponibilidade para vender direitos, o ataque aos trabalhadores que tiveram o atrevimento de o desautorizar, a argumentação anti-comunista.

O sr. Chora, e com ele certamente o BE, acha retrógrado o sindicalismo de classe (que escreve entre aspas), e acha que deve «adaptar-se» (25.01.09, www.esquerda.net). Adaptar-se aos «novos sistemas de trabalho», à «flexibilidade», às «novas polivalências», aos «novos horários de trabalho respeitando as cargas de trabalho». Para essa «adaptação» não é necessária luta, porque palavras dessas são música para o grande patronato.

A luta da Autoeuropa seguirá o caminho que os seus trabalhadores quiserem. Depende, decisivamente, da sua unidade e da sua consciência de classe.

Coisa que o sr. Chora não sabe o que é.» [Avante]

Era demais para o PCP suportar os elogios ao BE a propósito do acordo na Autoeuropa, para o PCP é preferível que a fábrica encerre as portas em Portugal em nome da sua liderança do que suportar ser ultrapassado pelo BE.

Alguém ainda duvida de que para este PCP os interesses do partido estão muito acima dos dos portugueses?

Os professores, os polícias e outros profissionais que deixam enquadrar as suas lutas por gente como o Mário Nogueira que apenas está interessada nos interesses mesquinhos do PCP que reflictam um pouco sobre este artigo, mais primário e objectivo não poderia ser.

in O Jumento

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