Quanta tristeza e amargura afoga
Em confusão a estreita vida! Quanto
Infortúnio mesquinho
Nos oprime supremo!
Feliz ou o bruto que nos verdes campos
Pasce, para si mesmo anónimo, e entra
Na morte como em casa;
Ou o sábio que, perdido
Na ciência, a fútil vida austera eleva
Além da nossa, como o fumo que ergue
Braços que se desfazem
A um céu inexistente.
Em confusão a estreita vida! Quanto
Infortúnio mesquinho
Nos oprime supremo!
Feliz ou o bruto que nos verdes campos
Pasce, para si mesmo anónimo, e entra
Na morte como em casa;
Ou o sábio que, perdido
Na ciência, a fútil vida austera eleva
Além da nossa, como o fumo que ergue
Braços que se desfazem
A um céu inexistente.
Ode,
Fernando Pessoa
3 comentários:
Desanimar nunca.
O verde é símbolo de esperança
Nossos braços elevar-se-ão
Ovacionando a Glória
Longínqua,talvez !
Os de Alvalade são fortes...
Sabem esperar.
Uma sportinguista
Caríssima sportinguista : Claro que desistir nunca , mas mudar talvez ...Felicidades sinceras para o seu Sporting , que bem precisa.
Um benfiquista
Demasiado pessimismo para "bicho da Terra tão pequeno"! A felicidade não é maná que escorra como leite e mel nas ruas que percorremos, bem entendido, mas só fumo... a caminho do nada também me parece escasso. Ora, o fumo pressupõe combustão, e esta já se deixa aproximar um pouco da ideia de perder e ganhar, de acção, de esforço em que gastamos as energias e arriscamos o que temos pelo que ansiamos.
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