Divaga entre a folhagem perfumada
E adormece nas brisas embalada.
Aos lagos mostra a sua face nua,
E vai dançar nos palcos vazios da Lua.
Pálida, de reflexo em reflexo desliza,
Não se curvam sequer as ervas que ela pisa.
É ela quem balança os lânguidos pinheiros,
Quem enrola em luar as suas mãos
E depois as espalha brancas nos canteiros.
Sophia de Mello Breyner AndresenObra Poética,
Ed. Caminho
4 comentários:
Palavras e imagem em perfeita sintonia. Parabéns pela escolha e agradecimentos.
Abaço
Fbbc
Reflexão??
Não há volta a dar.
gb
Parece que o conselho do(a)(?) LP foi premonitório quando me mandou fazer férias…e não é que sou mesmo forçada a faze-las?! A “geringonça” de onde costumo escrever teve um “stroke”, um “treco” para os brasileiros e como tal…férias forçadas!
Assim, a notícia da minha retirada de cena, já vai expedida de um ciber-café pois, não poderia desaparecer sem uma palavra, mesmo sabendo que há quem talvez goste… que desapareça!
Até breve, espero mesmo que este breve o seja realmente, embora saiba que os cuidados especializados que estas “coisas”exigem nem sempre se compadecem com a brevidade que desejamos…
Madalena Cabral
P.S. Não querendo entrar no rol das(os)que permanentemente o elogiam, quero dizer que o poema foi muito bem escolhido!
Trate de arranjar rápido a "geringonça"e apareça sempre.
gb
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