quarta-feira, janeiro 31, 2007
PERPLEXIDADES
Vem isto a propósito do que tenho lido aqui no blogue sobre o que está ou não está em causa no referendo do dia 11/2...É que algumas afirmações, de tão peremptórias e absolutas, deixam-me perplexa! Por exemplo, falar de "vida humana" como valor absoluto, sem atender a modos e circunstâncias, é falar de quê? Do direito a nascer não desejado, correndo o risco de ser objecto de um processo de adopção kafkiano? De ser entregue, mais tarde ou mais cedo, a uma casa pia qualquer? De ser abandonado ou maltratado? Não sofrerão essas "vidas humanas" de um handicap fundamental face aos outros cidadãos, que nasceram desejados e têm muito mais probabilidades de ser amados e felizes?
Se se entende que a Constituição inscreve a vida humana como valor absoluto, porque não se contesta então a legislação de 1984, que permite o aborto em casos de violação, malformação do feto ou perigo para a vida da mãe? Não são também vidas humanas que estão em causa? Porque não se exige então a proibição absoluta?
Não era S. Tomás de Aquino (sim, esse mesmo, filósofo e doutor da Igreja...) que dizia que havia vida humana quando existia "alma racional", isto é, em termos científicos actuais, quando o feto tem já um sistema nervoso central capaz de funcionar autonomamente?
E a compaixão pelas mulheres que se vêem em situações difíceis? O Deus dos cristãos não é um Deus de misericórdia? Porque se aponta então o dedo acusador para uma única saída à mulher que abortou: a cadeia?
Depois há a história da "responsabilidade"...Amigos, aquele de nós que em todos os seus actos agiu com responsabilidade que atire a primeira pedra! Penalizam-se, por acaso, os alcoólicos, os fumadores, os comilões, por atentarem contra uma vida humana (a sua)? E deixam de ser tratados nos serviços públicos de Saúde porque isso fica muito caro, e o dinheiro dos nossos impostos podia ser mais bem empregue?
Há mulheres que engravidam por irresponsabilidade? Claro que há! E então, que saída lhes queremos dar? Obrigá-las a ter crianças não desejadas ou, em alternativa, mandá-las para a cadeia?
E porque é que só se fala em irresponsabilidade? As responsáveis, às vezes, também engravidam sem querer: há um
preservativo que se rompe, uma pílula que não faz efeito por se estar a tomar antibiótico...Que me dizem? Cadeia com elas?! Finalmente a famigerada pergunta do referendo...Caríssimos, já somos crescidinhos!!! Por muito desastrada que seja a pergunta, todos nós sabemos o que está em causa: aborto clandestino e pena de prisão ou possibilidade de escolher até às 10 semanas, em consciência e em condições dignas, como se faz no mundo a que chamamos civilizado. Não ir votar por causa da pergunta é embarcar numa falácia; abster-se é tomar posição a favor de um dos lados, o lado do não, porque se dá o sinal de que se quer que tudo continue na mesma...
Só mais uma coisinha: as estatísticas dos países em que o aborto foi despenalizado dizem que, aí, tem diminuído sistematicamente o número de abortos clandestinos. Exactamente o contrário do que li algures neste blogue.
Referendo
VOTEM, pelo SIM ou pelo NÃO! Mas VOTEM!
NB - Se não quiserem não votem! Vivemos em democracia, só vota quem quer!
Hoje por aqui é assim ... FOTOS ANTIGAS
Natureza e liberdade
Começa a ser difícil viver em grandes aglomerados populacionais com as regras actuais e que vão minando a pouco e pouco a verdadeira liberdade - que segundo parece todos deveríamos ter direito e usufruir.
Julgo estar na altura de começarmos a abandonar as grandes urbes e irmo-nos instalar longe deste insensato mundo, com os nossos entes queridos, para não termos que estar permanentemente sujeitos às intoleráveis regras da vivência em sociedade , quando esta se tornou, como tudo o indica um antro do querer controlar tudo, sob a capa do socialmente correcto !
Depressa e em força para os campos !
Deixemos nos aglomerados populacionais os fazedores do correcto e da sua deles liberdade.
terça-feira, janeiro 30, 2007
Castidade
Enfim !!!!
Espero ter valido a pena poder voltar a fazê-lo. Quanto mais não seja para ir dando indícios da minha existência,quantas vezes polémica.
Contudo, julgo que é na polémica que as ideias vão surgindo e a civilização vai evoluindo.
Por agora e para experiência basta.
Um abraço do amigo Isaías.
Agulhas de tricot
"Ainda se enfiam agulhas de tricô" em pleno centro do Porto
Essas pessoas não vão a Espanha!
COLHEITA 63 -Ciências
A voz do silêncio ...
Tantas vezes ...
Se ouvem gargantas enraivecidas exporem queixas,
partilharem mágoas, gritarem os seus medos.
.Gritam ... fazem-se ouvir ...
mas ouvem -se em sinceridade .
A voz que se cala, essa sim ... é perigosa No silêncio arquitecta planos Cria enganos.
Na ausencia da voz, nada é dito
Nada fica planeado...
Tudo fica parado.
By Graças Moura
segunda-feira, janeiro 29, 2007
Quatro pontos e uma adenda!
1 - Nenhuma lei obriga os apoiantes do NÃO a abortar
2 - Nenhuma lei impede os apoiantes do SIM de abortar
3 - Os apoiantes do NÃO defendem as suas convicções religiosas
4 - Os apoiantes do SIM dizem que cada um deve decidir segundo a sua consciência
ADENDA: sou democrata, aceito que os outros pensem e actuem diferente de mim.
SONDAGEM M/BLOGUE
Hoje por aqui é assim ... Feira do Queijo
Dia 17 de Fevereiro, realiza-se mais uma Feira do Queijo em Seia. Trata-se do maior produto de qualidade da Serra da Estrêla e vale sempre a v/visita. Não dareis o tempo por perdido. Cá vos espero
Música 5ª Semana - Fado Hilário
Para todos os que gostam dos Fados de Coimbra e em especial para as Colheiteiras(os) que passaram por Lá e os que lá vivem ( Berta e Teresa Pereira )
domingo, janeiro 28, 2007
COLHEITA 63 -Ciências
Música para aquecer ...
Hoje por aqui é assim ....frio , muito frio
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Cadé as Meninas da Colheita?
"Ouve lá, onde andam as meninas da colheita 63?
Isto está a precisar de mais gente a teclar.
A Gélica, as Lenas, a Teresa, a Zélia, a Levinda têm de reaparecer.
E as meninas que ainda não apareceram também.
Vamos a isto.
Um abraço,
MC"
Nota: se as meninas e os meninos da colheita me enviarem os textos terei muito gosto em "postá-los".
CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA ( 10ª )
"Até ao fim do Mundo”
Esta figura, de grande relevo para a compreensão da nossa História, chega a Portugal integrada no séquito de D. Constança Manuel, a futura mulher de D. Pedro I. Sendo filha ilegítima de um fidalgo galego, a presença de D. Inês junto da Corte portuguesa era vista como uma circunspecta ameaça, pois a sua família era firmemente inimiga do Rei de Portugal.
O casamento de D. Pedro I e D. Constança consumou-se em 1340. Subsequentemente, o príncipe rendeu-se à paixão ardente por D. Inês. Paralelamente, D. Constança bondosamente convida a aia para madrinha do primeiro filho varão, o infante D. Luís (1343), já que, de acordo com os preconceitos da Igreja Católica, uma relação entre um dos padrinhos e um dos pais do baptizando era manifestamente incestuosa. Porém, a criança faleceu menos de um ano depois, incitando as desconfianças relativas a D. Inês.
Com o regresso do exílio no Castelo de Albuquerque e após a morte de D. Constança, que legitimou o estado de viuvez de D. Pedro, o casal fixa-se em Coimbra, na famigerada Quinta das Lágrimas em que tiveram quatro filhos.
Em síntese, as relações adulterinas, o parentesco entre Pedro e Inês (eram primos em segundo grau), o seu compadrio e o perigo de D. Fernando (filho de D. Pedro e D. Constança) ser afastado do trono, conduziram D. Afonso IV a mandar engenhosa e pragmaticamente executá-la em Coimbra, após o consentimento dos seus conselheiros, aproveitando a ausência do seu filho numa caçada o que se traduziu numa intrépida guerra civil entre os sequazes do príncipe e do monarca.
Este romance proibido contém contornos muito intoleráveis na medida em que sou apologista da decisão de D. Afonso IV, pois o amor entre estas duas personagens apenas se enquadrava na política externa espanhola de uma União Ibérica (em que Inês seria o grande vector). E, se essa paixão era tão acérrima porque é que nenhum dos filhos de ambos foi Rei? Porque é que só o filho ilegítimo (D. João I), de um caso amoroso entre o mesmo D. Pedro e D. Teresa de Lourenço (aia de D. Inês de Castro), é que se tornou Rei? Que amor mais insólito!
By Afonso Leitão
quinta-feira, janeiro 25, 2007
quarta-feira, janeiro 24, 2007
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Recebida do colheiteiro Jorge...para desanuviar!
Jesus disse:
- Quem nunca errou que atire a primeira pedra.
Um português, presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num enorme calhau e acertou em cheio na testa da Maria Madalena, que caiu redonda.
Jesus, muito entristecido, foi direito ao portuga, olhou-o bem nos olhos e perguntou:
- Meu filho, diz-me a verdade, nunca erraste na tua vida?
O português:
- A esta distância não, nunca!!!
27ª Feira do Fumeiro em Vinhais
Para não nos esquecermos...
O duplo atentado com carros armadilhados registado esta manhã em Bagdad fez pelo menos 74 mortos e mais de 100 feridos, de acordo com o balanço mais recente.
MULHERES, de novo
Nem todos os padres são "trauliteiros"!
Referendo sobre o aborto
21 de Janeiro de 2007
Numa questão tão delicada, com a vida e a morte em jogo, não se pretende que haja vencedores nem vencidos, mas um diálogo argumentado, para lá da paixão e mesmo da simples compaixão. Ficam alguns pontos para reflectir.
domingo, janeiro 21, 2007
REFERENDO
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
A verdadeira questão é a formulada na pergunta: despenalização!
A despenalização não obriga ninguém, despenalização não é OBRIGAÇÃO.
Só aborta quem quer, ou melhor, quem a isso é obrigado.
As razões que levam ao aborto devem ser combatidas.
Não devemos estar contra as medidas de educação sexual, uso de perservativos, etc. como a ICAR está.
O que muda, se o SIM vencer, é a não penalização de quem aborta, mas sejamos sérios, quem quiser abortar aborta com ou sem penalização.
Não penalizando acabam os abortos clandestinos para os mais pobres, em condições sanitárias precárias.
Seja qual for a tua posição (SIM ou NÃO) vai votar.
sábado, janeiro 20, 2007
O maior progenitor do País
SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO
( Quando forem a Trancoso, vão à casa onde viveu este padre, que é agora o restaurante O MUSEU )
- com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
- de cinco irmãs teve dezoito filhas;
- de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
- de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
- de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
- dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,
- da própria mãe teve dois filhos.
Total: duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres".
"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".
Esta sentença ficará arquivada na Torre do Tombo, Lisboa, Portugal
sexta-feira, janeiro 19, 2007
SIM ou NÃO?
E a questão que se deve colocar é:
- queremos o aborto clinicamnete assistido, dentro dos prazos legitimados pela lei, sem risco para as mães, para ricos e pobres
- queremos o aborto clandestino para os pobres e nas clínicas portuguesas ou espanholas para os ricos
QUE FIQUE CLARO: não sou a favor do aborto. Defendo o planeamento familiar e uma sexualidade consciente. O aborto sempre como último recurso e despenalizado.
Por isso, no referendo, voto SIM
Hipocrisia
TERRORISMO!
Quem votar 'sim' fica sem funeral religioso
"Os cristãos que vão votar 'sim' no referendo serão alvo de excomunhão automática, a mais pesada das censuras eclesiásticas", garante o cónego Tarcísio Alves, pároco há cinco anos em Castelo de Vide (Portalegre). A excomunhão automática atinge ainda "todos os intervenientes na execução do crime, como, por exemplo, médicos e enfermeiros", sublinha, enquanto consulta página a página o Código Canónico.
CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA (9ª)
A principal razão que mais contribuiu para a minha avultada paixão para com a História foi, o facto, dos meus pais me terem proporcionado estupendas visitas culturais a diversos Museus e Monumentos, em diversos espaços geográficos, com grande valor estético-artístico. Por conseguinte, ir-me-ei pronunciar, em termos arquitectónicos e históricos, acerca de dois monumentos que visitei em Agosto de 2006 e Janeiro de 2007, em Portugal, e que me marcaram profundamente.
1) Igreja de São Vicente de Fora: implantado num dos extremos orientais de Lisboa, é um dos símbolos da União Ibérica e o elemento-chave de mutação na arquitectura maneirista portuguesa. A obra arrastou-se por quase quatro décadas, entre 1582 e 1629, sendo superintendido por alguns dos melhores arquitectos do reino: Filipe Terzi, Baltazar Álvares e Pedro Nunes Tinoco. O projecto é atribuído ao arquitecto de Filipe II, Juan de Herrera, seguindo os paradigmas do Escorial e de II Gesú de Roma. A fachada do templo, da autoria de Baltazar Álvares, é o modelo pioneiro do designado Estilo Chão, repetido ao longo do século XVII em inúmeras edificações por todo o mundo português.
2) Solar de Mateus: considerado uma das mais importantes obras da arquitectura civil portuguesa de Setecentos, o Solar de Mateus tira partido de uma planto em U, dinamizada por pátios e escadarias. Não se sabe, ao certo, em que data começou a ser construído, mas é possível que, em 1743, se encontrasse em fase adiantada. A autoria do projecto tem vindo o ser atribuído total, ou parcialmente, a Nicolau Nasoni e representa o modelo findado de solar barroco nortenho.
By Afonso Leitão
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Sobre o Referendo
Já agora, para ilustrar este alerta, uma história como tantas que todos conhecemos, roubada no blogue "Coriscos".
"Do aborto. E da hipocrisia.
Um problema de saúde obriga-me há alguns anos a visitar o ginecologista com apurada assiduidade. Aliás, os ginecologistas, no plural - quando um está de férias em qualquer lugar exótico tenho sempre o outro. Não é um capricho; é o que tem que ser. Dois homens, amigos de longa data, a trabalhar em cidades diferentes. Médicos irrepreensíveis cuja longevidade do acompanhamento acarreta já algum afecto e muitas, muitas histórias. Uma-consulta-uma-história. Que nunca escrevi. Porque não.
Mas no encalce do segundo referendo sobre a despenalização do aborto é-me inevitável a partilha de uma história que ouvi numa dessas visitas, e que me leva a não ter grandes dúvidas sobre a vitória do "não" a 11 de Fevereiro próximo e sobre a perpetuação da hipocrisia reinante neste país. Faço este preâmbulo para que fique bem claro que a história é real, que estará longe de ser inédita, e que pulula, impune, aqui e ali, mascarada do melhor verniz.
Um dos ginecologistas mantinha uma qualquer tertúlia semanal e de café com companheiros da classe, mas de especialidades diferentes. Conta-me que eram conversas animadas pelas questões da ordem do dia e das convicções de cada um. Numa tarde de 1998, em plena contagem decrescente para o primeiro referendo sobre o aborto em Portugal, discutia-se inevitavelmente a questão. Um dos parceiros defendia as vantagens de o assunto continuar como está, ou seja, com mulheres a irem parar ao banco do Tribunal quando a interrupação da gravidez é descoberta. Ou a rumarem clandestinamente a Espanha. Ou à mesa de um boteco mais ou menos grotesco de uma rua escondida onde uma anacrónica parteira ou enfermeira lhes trata literalmente da saúde.
A argumentação, conta o médico, estava mais centrada no princípio moral do que propriamente na ciência ou em saber quando é que o feto é ou não um efectivo ser humano. Dizia o colega que esse tipo de utentes - as mulheres - seriam na sua grande maioria pessoas mal formadas de classes desafavorecidas ou adolescentes incautas. E que não seria possível, na era do preservativo e do não-tabu sexual, ser conivente com esse tipo de comportamento imprudente. Seria necessário educá-las, mas nunca à custa de uma morte. O fervor da discussão terá levado o homem a abandonar a tertúlia. Não só essa como as que se seguiram. Até um dia.
Até ao dia em que entrou no consultório do ginecologista, julgando este que seria para se desculpar e eventualmente fazerem as pazes. Não era. Era para lhe pedir que fizesse um aborto à mulher. Uma adolescente? Não, obviamente! Uma mulher mal formada de classe baixa? Também não. Uma mulher de 40 anos, no auge da carreira, com dois filhos, e a quem não convinha um terceiro. Não tocaram na conversa que motivou a discórdia entre ambos. Mas o ginecologista confessa que aguardou durante vários dias um cartão ou um telefonema que emitisse um sinal de redenção.
O sinal chegou no dia em que fumava um cigarro à janela. Lá em baixo, no meio de uma manifestação contra a despenalização do aborto, alguém empunhava um cartaz com um braço e erguia o outro na sua direcção, acenando-lhe. Era o homem, sem qualquer laivo de vergonha ou arrependimento, que semanas antes havia pago um aborto à mulher."
publicado por Helena
Resultados Sondagem
D.Afonso Henriques...........2
Álvaro Cunhal.....................0
António Oliveira Salazar.....4
Aristides Sousa Martins.....4
Fernando Pessoa..................0
Infante D.Henrique....6
D.João II.............................2
Luís de Camões..................3
Marquês de Pombal..........1
Vasco da Gama..................2
Por último...!
A versão da família é descrita ao PortugalDiário pela advogada Sara Cabeleira que defendeu o sargento Luís Matos Gomes. A criança nasceu em Fevereiro de 2002 e o pai biológico nunca manifestou interesse pela menor até ser convocado pelo Ministério Público, em Maio de 2003, para realizar testes de ADN com vista a averiguar a paternidade.
O casal foi ouvido no processo de regulação do poder paternal e por determinação do juiz a criança deveria manter-se na família que a acolheu até à decisão final do processo. A partir daí, nunca mais foram chamados.
Entretanto, o processo de adopção ficou suspenso até ficar decidida a regulação do poder paternal.
Em 2004 o Tribunal de Torres Novas decide atribuir o poder paternal ao pai biológico. O casal é notificado da decisão em Julho e recorre para o Tribunal da Relação de Coimbra por entender que devia ter sido ouvido como parte nestes processo e não como mera testemunha.
Não lhes é dada razão e, em 19 de Janeiro de 2005, reclamam para o Tribunal Constitucional que decide aceitar o recurso. O recurso está pendente desde essa data.
A advogada lamenta que «a juíza que disse ao arguido o senhor está aqui por amor a uma criança tenha sido a mesma que o condenou a pena de prisão».
A versão do pai biológico
A versão do pai biológico é contada pelo seu advogado, José Luís Martins. Baltazar teve uma relação ocasional com a mãe da menor, imigrante brasileira, que aos oito meses de gestação o informou de que era o pai do bebé. Descrente em relação à paternidade, o progenitor acedeu, no entanto, em realizar os testes de ADN quando para isso foi chamado pelo Ministério Público.
Quando soube que os testes o davam como «pai muito provável», o técnico de tectos falsos decidiu perfilhar a criança e «iniciou de imediato várias diligências para encontrar a filha».
Procurou-a «desalmadamente» junto da mãe biológica e do tribunal. Quando finalmente soube que a criança residia com um casal em Torres Novas, dirigiu-se à casa «com um presente para entregar à filha e disposto a resolver tudo a bem, desde que o casal lhe entregasse a menina».
A senhora fechou-lhe a porta e foi essa a primeira e última vez que viu a criança. Há três anos que a senhora desapareceu com a menina, antes mesmo de o tribunal ter decidido conferir-lhe o poder paternal.
«Há anos que a menina não é vista em público e, apesar de o médico que a acompanhou desde bebé ter jurado em tribunal que a viu no seu consultório, há dois meses, e que esta estava bem, em bom rigor, e tal como disse o tribunal, ninguém pode garantir que esteja viva».
O pai biológico «pessoa humilde e muito inteligente, não abandonou a criança e fez tudo para que esta lhe fosse entregue a bem, o que deveria ter acontecido quando aquela tinha 16 meses».
Se para muitos a conduta do casal pode ser interpretada como «amor», o advogado do pai biológico entende que «não é um amor conforme com os interesses da criança e sim um acto de egoísmo». «Quem olhar para este processo de modo imparcial, não pode deixar de entender que este casal apropriou-se da criança e não tem equilíbrio e estabilidade para criá-la».
«Se a criança tivesse sido entregue a bem, logo que o pai biológico a procurou, então provavelmente hoje o casal podia ser padrinho da menina e vê-la regularmente». Mas isso «era se tudo tivesse sido diferente», remata. Leia a primeira parte deste artigo: «Pai adoptivo pode ser libertado»
Preso por amor
"Preso por amor", foi o titulo dos jornais que descreveram este drama.
O "pai adoptivo" é descrito como o herói pleno de amor paternal (do qual não duvido), e o pai biológico é o vilão que só agora, passados 5 anos, reclama a paternidade da filha.
Editoriais de jornais, colunistas, peritos de isto e daquilo, fotografias dos "avós adoptivos" de lágrimas nos olhos, grandes entrevistas a "tias adoptivas", populares e intelectuais da psicologia e da justiça em abaixo assinados, temos lido de tudo.
Só não temos lido as razões do pai biológico.
A "mãe adoptiva", com a criança, desaparecida em parte incerta.
E o "pai adoptivo" preso em Tomar por não cumprir as determinações do Tribunal (entregar a criança ao pai biológico).
A mãe biológica (brasileira?) ausente, emigrante algures na Suiça.
Vejamos sucintamente a história que consegui respigar dos jornais:
- há 5 anos uma jovem teve uma ligação passageira com um jovem
- a jovem engravidou
- o putativo pai biológico diz que só perfilha a filha se ela for filha dele
- a mãe biológica "dá-a" a uma família que ela julga poder tratar bem dela
- Esta família, "pais adoptivos", ao fim de 1-2 anos desencadeiam o processo de adopção
- a criança foi registada como filha de pai incógnito, facto que levou o Tribunal investigar
- O Tribunal concluiu após exames que "A" era o pai biológico
- o pai biológico quando tem a certeza da paternidade perfilha a filha e desencadeia o processo de poder paternal
- isto há cerca de 3 anos
- o processo continua a desenrolar-se nos Tribunais
- neste tempo a criança continua com os "pais adoptivos" apesar de já estar perfilhada
- ao fim de 3 anos o Tribunal atribuiu a criança ao pai biológico
- a criança continua em parte incerta com a "mãe adoptiva"
- o "pai adoptivo" por desobedecer ao tribunal, não cumprindo a lei, foi preso e seguiu para Tomar
- o pai biológico continua a pugnar por ela
- os "pais adoptivos" recorrerão da sentença, diz o seu advogado
- a mãe biológica continua ausente
Posto isto, e verificando que há sofrimento de ambas as partes, pergunto a mim mesmo:
- porque é que os jornais condenam, em uníssono e sem o ouvir, o pai biológico?
- porque é que os "pais adoptivos" não respeitaram a decisão do Tribunal?
- porque é que a mãe biológica continua ausente?
- porque é que os tribunais demoraram 5 anos a julgar este processo?
EM RESUMO:
Os "pais adoptivos", sofrendo, violaram a lei por amor. O pai biológico há 3 anos que pugna pela filha que perfilhou. A mãe biológica contunua ausente. A JUSTÇA foi foi cega, fria e lenta.
QUAL TERIA SIDO A MELHOR DECISÃO?
- Não sei!
Mas sei que não condeno o pai biológico por desejar reaver a filha, não condeno a mãe biológica por "dar" a filha, num momento de desespero, a um casal equilibrado, não condeno, nem endeuso os "pais adoptivos" que violaram a lei pelo amor que já têm à criança.,
NOTA - este texto foi escrito ontem à noite, dia 17/01/07, depois da leitura de vários jornais diários.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Outras ditaduras
O golpe militar de 1926 derrubou a 1ª República, um regime republicano português marcado pela instabilidade política, social e económica. O General dissolveu logo o parlamento (principal causador da instabilidade política) e suspendeu as liberdades políticas e individuais. No entanto, a nova ditadura era instável porque o movimento militar não tinha projecto político definido e não conseguiu resolver os problemas económicos. Para resolver a situação económico-financeira, o novo regime, em 1928, convidou o professor António de Oliveira Salazar para Ministro das Finanças. Através de contas públicas que se provaram mais tarde estar ludibriadas, Salazar conseguiu equilibrar as finanças públicas (conseguiu obter um saldo orçamental positivo) e estabilizar o escudo à custa de uma política de grande rigor orçamental baseada na diminuição das despesas do Estado. Os dados verdadeiros eram no entanto outros. Mas a manobra deu a Salazar o empurrão político definitivo.
Devido ao seu trabalho, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro-Ministro), em 1932. Rapidamente, ele começou uma grande reforma política, culminando com a aprovação da Constituição de 1933. Com esta constituição, Salazar criou um regime autoritário, repressivo, ditatorial e corporativista, Estado Novo. Ele tornou-se o novo "Chefe" da Nação. Para os historiadores sérios, não conotados com os sectores políticos mais à direita ou à esquerda, o Estado Novo (além das vítimas da polícia política, da fome ou da Guerra Colonial) é também responsável pelo atraso em relação à maioria da Europa, ainda verificado em Portugal.
(in WIKIPÉDIA)
"Grandes portugueses"
Dois ditadores no mesmo século!
Era de mais para um só povo ...!
"Outro grande português"
«Nós, os comunistas, não aceitamos o jogo das eleições (...) Se pensa que o Partido Socialista com os seus 40 por cento de votos, o PPD, com os seus 27 por cento, constituem a maioria, comete um erro. Eles não têm a maioria. (...)»
"Um grande português"
A revista Time de 22 de Julho de 1946 foi proibida de circular em Portugal pelos serviços de censura do Estado Novo.
Na capa, podia ver-se «o decano dos ditadores», Salazar, junto a uma maçã putrefacta
# escrito por Tiago Barbosa Ribeiro em 17.1.07 http://kontratempos.blogspot.com/
O maior português de sempre...
Deve ser o Gabriel Estavão Monjane, o gigante de Manjacaze (também conhecido por o gigante de Moçambique). Tinha 2,45 m. Vi-o num circo há uns bons 30 anos e acreditem: o homem metia a concorrência a um canto. Esmagava.
posted by Rui Baptista
http://amor-e-ocio.blogspot.com/
Iraque, de novo e todos os dias!
- encontrar armas que não existiam,
- destruir os terroristas que foi criando,
- implantar a "democracia" que deu em guerra civil,
- salvar o petróleo (isto não foi dito),
Todos os dias morrem iraquianos "democraticamente", ora morrem sunitas, ora morrem xiitas, e curdos pelo meio.
Ontem foram cerca de 100, mais os que vão morrer no hospital.
Será que esta gente (terroristas terroristas e terroristas de estado) dorme descansada, sem peso na consciência?
Meu Deus, e tudo em Teu nome!
terça-feira, janeiro 16, 2007
Ganda notícia sobre o n/Niso
AINDA HÁ HOMENS PERSPICAZES..
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Os 10 maiores de sempre
Espantoso...!
O Jumento http://jumento.blogspot.com/
Director Geral dos Impostos: 23.000 x 14 = 322.000 €
SONDAGEM M/BLOGUE
Enfim, estamos de acordo...
O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, condenou hoje a execução dos dois antigos colaboradores de Saddam Hussein, sublinhando a sua oposição à pena de morte. "Temos uma posição de princípio contra a pena de morte. Um homem não tem o direito de retirar a vida a outro homem", afirmou Durão Barroso.
domingo, janeiro 14, 2007
sábado, janeiro 13, 2007
Já agora...
13.01.2007 - 17h10 Reuters, PUBLICO.PT
O primeiro-ministro britânico Tony Blair culpou ontem os media pelo descontentamento da opinião pública face à guerra e às campanhas militares no Médio Oriente.
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Já agora só faltava que os jornalistas estivessem calados.
Os jornais devem relatar todos os factos goste ou não o Senhor Blair, goste ou não outro Senhor qualquer.
Da guerra e de todos os outros aspectos da vida social e politica.
A liberdade de imprensa é sagrada.
A liberdade é sagrada.
A minha liberdade só termina onde começa a tua liberdade!
SENHOR PACHECO
A MENINA DANÇA
O terreiro central da aldeia, enfeitado com caruma, urzes e alecrim, fora alisado e limpo, tendo sido montado nos últimos dias um coreto, onde a banda iria executar as marchas, as contradanças e as valsas, para o povo ouvir e a mocidade dançar.
Todos vestiam as melhores galas. As moçoilas, rosadas e a cheirar a sabão barato, de impecáveis saias rodadas e blusas de chita, tinham um lenço colorido a cair da cabeça. Estavam em grupo, entre risotas e segredinhos, esperando as contradanças e os convites para a bailação. Era a última oportunidade de encontrarem o prometido, num tempo em que ainda havia, na aldeia e nos arredores, homens casadoiros. A sangria da emigração viria anos mais tarde.
São moças pequenas de estatura, rudes, mas não feias. Tisnadas pelo sol e o frio, os olhares tristes, encobrem a timidez e as poucas letras, aprendidas a duras penas, nos minguados anos de escola. Como a mãe e as avós, arrastam uma vida de canseiras e trabalhos dobrados, em casa e ao jornal. Buscam na religião, sofrida, mas não entendida, fuga de frustrações ancestrais, onde o ir à missa ao domingo, mesmo com a cabeça tapada pelo xaile negro de todo o ano, é o facto mais relevante de uma semana, de todos os meses e de todos os anos.
Num grupo à parte, à volta de um cântaro de vinho e de um copo sebento, corrido de mão em mão, os rapazes, de cravo na orelha, chapéu à banda à fadista, e para que se veja o cravo, vestem calças pretas e camisas de gorgorão ou estopa. Riem com as toscas chalaças, fumam uns cigarros fortes, acesos ou apagados, ostentados nos queixos. Olham embasbacados para as moças, sempre as mesmas, fazendo projectos, mais ou menos sérios. Contrabandistas de toda a vida; um, exibe uma enorme boina basca, e o outro, um chapéu de copa baixa, à mazantino, que lhes assinala a diferença de gente muito viajada.
O Malina, de estatura meã e entroncado, tem a gorra descaída para os olhos, exibindo o seu ar de mau e a sua fama de notável caceteiro nas romarias das redondezas. O Manel Sacho é um palrador e um bailarino afamado, não tendo rival a cantar ao desafio. O Manelzinho da Casta-pequena, do alto do seu metro e vinte, ameaça esfaquear, nas pernas! quantos, dele queiram mangar. Juntos, miram, comentam e discutem com o Tó Primo, coveiro de profissão e profissional da copofonia, mais o Felisberto Cagalhoto, quase anão, e muito entendido ferrador de bois, cavalos, mulas e burros, exercendo ainda nas redondezas, de capador de porcos e outros animais que "s'astrevam a medir coletes " ou dele queiram caçoar.
Querem todos dar nas vistas a quem os conhece de ginjeira. Se não houver maior entretimento, lá terá de ser armado um valente arraial de pancadaria. De entre eles distinguem-se os irmãos Saldanhas, de alpergatas e calças de pana; são estes, cabos de ordem, o garante da ordem, e a certeza de que, se houver demanda, no tribunal, haverá ali duas testemunhas competentes e atentas. Os olhares reprovadores do Manuel Vicente, vigilante da moral, e do Mariozinho Côdeas, proprietário de uma taberna, ambos tementes a Deus e contando estórias e brejeirices, mais ou menos ordinárias.
Diziam as comadres serem eles "as duas maiores colatreiras do povo!" No improvisado coreto está a banda, sob a direcção de um desengonçado maestro, já de provecta idade; é mouco como uma porta, e está quase a cair da tripeça. Dirige a desgarrada. Todos os artistas têm da partitura uma interpretação muito pessoal. Arremetem contra sons e harmonias, dando só, em mínimas ocasiões, a ideia do autor, ou então, uma subtil semelhança com a peça que se propõem executar. Desde que haja muito barulho e chim-chim, chim-pum, é o suficiente para que as gentes simples se maravilhem e valsem alegremente, entre o troar dos foguetes.
Finalmente chega aos valentões a coragem para a arremetida às moçoilas. Há que fazer o convite à dança, ante os olhares sempre vigilantes das mães, comadres, primas e tias. Estas sancionam o convite e garantem que se cumpra a moral e se mantenham as distâncias no arrima. Ali não há lugar para poucas-vergonhas ou descarações de gente ruim.
Vêm então aos pares, os janotas. Fazem uma pequena vénia e, naquela voz rude, de quem trabalha de sol a sol e não tem tempo para a ternura, exclamam:
Atão, a menina dança?A cachopa envergonhada, olha para todos os lados menos para o pretendente; ganha assim tempo para que a mãe diga, num gesto imperceptível, a última palavra. E surge a sacramental pergunta: E vomecê tem lenço?Na verdade, aquelas mãos calejadas e rudes, postas nas costas da sua blusa, deixavam umas nódoas enormes e não há lavagem, saponaria ou barrela que as sare. O mocetão casadoiro exibe orgulhosamente, o enorme lenço vermelho, dito tabaqueiro ante a sua dama, agora muito mais sossegada. A mãe da dita cuja faz um pequeno gesto de assentimento com os olhos ou com a cabeça.Encarpelados e aos pinotes, como as cabritas lá na serra, saem ambos a valsar a marcha, triunfalmente mal tratada pela Música.
É festa na aldeia!
By Bernardino Louro
sexta-feira, janeiro 12, 2007
E se esta moda pega por cá...!
CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA (8ª)
António Ferro: “Há quem atribua o seu antiparlamentarismo ao seu feitio aparentemente concentrado, ao seu horror dos discursos (…)”
Salazar: “Talvez tenham razão (...), eu sou, de facto, profundamente antiparlamentar porque detesto os discursos ocos, palavrosos, as interpelações vistosas e vazias, a exploração das paixões, não à volta de uma grande ideia, mas de futilidades, de vaidades, de nadas sob o ponto de vista do interesse nacional. O Parlamento assusta-me tanto que chego a ter receio, se bem que reconheça a sua necessidade, daquele que há-de sair do novo estatuto. Para pequeno Parlamento — e esse útil e produtivo, como no caso actual — basta-me o Conselho de Ministros (...).”
Posteriormente à leitura podemos avultar uma proposição que poderá levantar alguma incongruência e que não possui enquadramento político e cultural nas sociedades actuais. Essa afirmação é: “...eu sou, de facto, profundamente antiparlamentar porque detesto os discursos ocos, palavrosos…”. Reza a História que Salazar abominava o parlamentarismo da I República por implementar um aparelho de Estado anticlerical e, por ter ingressado (com o apoio incontornável de Gonçalves Cerejeira) no Centro Católico Português, manteve uma posição firme e activista em prol da implosão desse sistema político vigente no nosso País. Este conjunto de factos pode preludiar uma exequível explicação do seu “antiparlamentarismo” que se conservou incontestável até 1968.
Diversas questões éticas se aprumam, contudo há uma que devo divulgar aos meus caros leitores: Como é que é possível que na segunda metade do século XX Portugal fosse superintendido por uma mente anacrónica e “antiparlamentar”, quando na Europa e no Mundo, o fenómeno da Globalização se intensificava, as Democracias constitucionais e parlamentares estavam plenamente consolidadas, com a progressiva homogeneização do comércio mundial e com o reforço do processo de descolonização como uma das pedras basilares do Direito Internacional?
By Afonso Leitão