10 Estádios
Em 2004, Portugal recebeu o campeonato europeu de futebol ao nível de selecções. Foi um fenómeno grandioso que dinamizou áreas de importância vital para a nossa economia como o turismo. Por outro lado, contribuiu para a divulgação internacional de características muito peculiares do nosso país. Contudo, devemos conscientemente admitir que na política de construção/ remodelação dos estádios, houve inúmeros desacertos.
Porquê dez estádios? Será que tínhamos dimensão territorial para tal? Julgo que não. Em primeiro lugar, construíram-se dois estádios, respectivamente, em Lisboa e no Porto, para albergar o Benfica e Sporting, e o FC Porto e Boavista. Não teria sido boa ideia construir, um em cada cidade, dois estádios municipais? Depois, dois estádios no distrito de Braga, em cidades tão próximos como são Braga e Guimarães. Surgem mais estádios na Região Centro nas cidades de Aveiro, Coimbra e Leiria, e no Algarve o estádio Faro/ Loulé.
Os custos/ despesas foram enormíssimos. Não somos um Pais muito rico e com um poder de compra per capita ao nível dos nossos parceiros europeus. À excepção dos estádios dos “3 grandes” e do recinto algarvio, a média dos restantes estádios onde competem os seus respectivos clubes apresentam uma média de assistência por jogo não muito superior a 1500 pessoas. Isto é grave.
Esbanjou-se uma imensidão de dinheiro, quando se poderia ter feito uma melhor racionalização da distribuição geográfica dos estádios.
By Afonso Leitão
Em 2004, Portugal recebeu o campeonato europeu de futebol ao nível de selecções. Foi um fenómeno grandioso que dinamizou áreas de importância vital para a nossa economia como o turismo. Por outro lado, contribuiu para a divulgação internacional de características muito peculiares do nosso país. Contudo, devemos conscientemente admitir que na política de construção/ remodelação dos estádios, houve inúmeros desacertos.
Porquê dez estádios? Será que tínhamos dimensão territorial para tal? Julgo que não. Em primeiro lugar, construíram-se dois estádios, respectivamente, em Lisboa e no Porto, para albergar o Benfica e Sporting, e o FC Porto e Boavista. Não teria sido boa ideia construir, um em cada cidade, dois estádios municipais? Depois, dois estádios no distrito de Braga, em cidades tão próximos como são Braga e Guimarães. Surgem mais estádios na Região Centro nas cidades de Aveiro, Coimbra e Leiria, e no Algarve o estádio Faro/ Loulé.
Os custos/ despesas foram enormíssimos. Não somos um Pais muito rico e com um poder de compra per capita ao nível dos nossos parceiros europeus. À excepção dos estádios dos “3 grandes” e do recinto algarvio, a média dos restantes estádios onde competem os seus respectivos clubes apresentam uma média de assistência por jogo não muito superior a 1500 pessoas. Isto é grave.
Esbanjou-se uma imensidão de dinheiro, quando se poderia ter feito uma melhor racionalização da distribuição geográfica dos estádios.
By Afonso Leitão
5 comentários:
Afonso Leitão. Li a sua crónica e numa primeira análise tem efectivamente razão.É opinião geral dos portugueses,salvo erro.
Agora relativamente aos estádios
que não são dos chamados 3 grandes,
é preciso que os responsáveis ponham a cabeça a trabalhar e que
promovam grandes eventos lucrativos
obviamente, para ir amenizando a dívida.Estão como exemplo concertos
musicais ,pequenos torneios de futebol com equipes de nome ,aproveitando as pré épocas,
festivais de saltos de paraquedas,
conjugados com concerto muical e
sei mais.Tudo é pouco mas grão a
grão...,tambem cerimónias de fim
de curso de universitários.
Tudo depende da iniciativa dos
respnsaveis.
Gostei do seu tema e o que é mal
é ir tão pouca gente aos estádios.
Lá vai por essa europa fora..Então
os ingleses não falham um.
OLD
Tudo depende da óptica . Do que não há dúvida é que daqui a 100 anos o que vai constar é a construção dos Estádios 2004, do CCB e da Expo como grandiosas obras e demonstração da grande capacidade dos Portugueses . E não te esqueças de acrescentar a OTA.
Com bom historiador deves saber isso....
Os elefantes brancos nunca foram alvo da visibilidade por parte de quem, apenas, os sonhou!
Foram uma realidade para quem tem ou
teve que os alimentar...
Com um abraço do Isaías.
Gostei da crónica porque de facto se trata de um tema polémico e hoje vemos as consequencias negativas desses exageros.
Tipicamente português.
Cumprimentos ao Afonso e ao Administrador.
Penso que tens toda a razão. Somos um pais pequeno e não temos uma economia favoravel para tal obra.
A culpa desta situaçao economica deve-se em parte aos presidentes pós - 25 de Abril que esbanjaram dinheiro que não lhes pertencia e que austou muito a ganhar.
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